Cidades

Laudo confirma que cão morto em pet shop não tinha problemas de coração

Quase dois meses após a morte do cão da raça maltês em 15 de abril no pet shop Amigão, em Guarulhos, saiu o laudo técnico com os dados da necropsia, realizada no animal por solicitação de sua tutora, a professora Silvana Ramires. O laudo técnico emitido pelo Centro de Diagnósticos e Especialidades Veterinárias aponta que o motivo da morte foi colapso respiratório e choque neurogênico.
 
De acordo com a conclusão da necrópsia, Scooby, nome do cão que a família tratava como um ente querido, veio a falecer por edema pulmonar marcante, hematomas na região torácica direita e cervical (pescoço) e encefálica (cabeça). No entanto, a hipótese de que teria falecido em função de problemas cardíacos ou enfarte foi totalmente descartada, conforme comprovação técnica da análise realizada.
 
Ainda segundo a avaliação assinada pelo médico veterinário Laerte Aleixo Baldini, houve também hematomas na região abdominal e torácica direita focalmente extensos. O motivo da morte, neste caso, foi atribuída ao colapso respiratório e o choque neurogênico. Somente após a conclusão do laudo, familiares de Silvana providenciaram, na última semana, o sepultamento do animal no cemitério Reino Animal, na Capital.
 
Silvana revelou em entrevista ao GuarulhosWeb, que o animal foi deixado no local para que pudesse receber os serviços de banho e tosa oferecidos pelo Pet Shop. No entanto, ela relatou que ao ser informada sobre o incidente e ao chegar ao local, pode detectar que o ambiente utilizado para realização dos tratamentos aos animais não reunia as devidas condições. 
 
Já a proprietária do estabelecimento, Jéssica Geraldes, julgou improcedente as informações relatadas pela tutora do animal. De acordo com ela, o local de prestação de serviço estaria apto, inclusive com profissionais preparados para realizar os serviços relacionados ao tratamento de animais, porém, não revelou se o pet shop possuía responsável técnico, conforme exigência do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV), através do Decreto Estadual 40400 de 1995.
 
Quase dez dias depois da morte do cão maltês, a Prefeitura informou que o estabelecimento opera sem a devida Licença de Funcionamento. Diante da irregularidade verificada, o responsável foi notificado a providenciar a documentação necessária para a emissão do alvará. Caso a notificação não seja cumprida, o estabelecimento estará sujeito às demais sanções administrativas como multas e até a lacração. Entretanto, a Prefeitura não informou o prazo para regularização.
 
Poucos dias depois desta ocorrência, a Delegacia do Meio Ambiente da Polícia Civil apreendeu cerca de 1200 produtos irregulares em duas unidades de pet shop Amigão de Guarulhos.  Eram produtos de diversas marcas com prazo de validade vencida. Entre eles estavam itens do tipo bifinhos, snacks ou petiscos para animais. O GuarulhosWeb apurou que as ocorrências realizadas nas lojas localizadas no Jardim Adriana e Vila Fátima pertencem ao mesmo proprietário. De acordo com informações prestadas às autoridades, um dos proprietários confirmou a segregação dos itens de consumo animal e a possibilidade de descarte destes, porém, foram encontrados tanto em prateleiras para comercialização quanto em armazenamento.
 
 
 
 
 

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