Uma reviravolta surpreendeu a todos na última semana no caso envolvendo Ivanildo Silva e a trágica morte de seu filho. Após ser inicialmente acusado de homicídio infantil, Ivanildo tem a seu favor um laudo pericial que aponta uma causa inesperada para a morte da criança: asfixia por engasgamento com alimento.
O pesadelo começou quando a mãe da criança, Stephany Vitória, relatou às autoridades que testemunhou Ivanildo agredindo seu próprio filho, alegando que isso teria levado à morte da criança. No entanto, um minucioso laudo pericial realizado pelo Instituto Médico Legal (IML) trouxe à tona uma narrativa diferente dos eventos que marcaram aquela noite.
Segundo o IML, a criança não apresentava lesões físicas que pudessem indicar abuso ou agressão. Indo na contramão do que foi informado à Polícia, o relatório pericial apontou que a causa do óbito foi asfixia, decorrente de um engasgamento com algum alimento.
A história trazida por Ivanildo Silva, pai da criança, ganha destaque nesta reviravolta. De acordo com seu depoimento às autoridades, ele estava cuidando de seu filho naquela noite quando a criança começou a chorar. Preocupado, Ivanildo preparou uma mamadeira para acalmá-lo.
Enquanto estava na cozinha, ele notou que o choro havia parado de repente, então, com pressa, subiu para verificar o que estava acontecendo no cômodo onde a criança estava com a mãe. Foi quando ele encontrou seu filho, Júnior, com um pano sobre o rosto.
Em estado de pânico, Ivanildo retirou o pano e constatou que Júnior estava com o rosto pálido. Entregou a mamadeira à mãe da criança e perguntou: “O que aconteceu que o neném parou de chorar?”, mas não obteve resposta. O pai, em seguida, levou imediatamente a criança ao hospital em busca de ajuda médica.
Apesar de Ivanildo ter admitido as agressões contra a mulher, após descobrir a situação da criança, seu testemunho e o laudo pericial lançaram dúvidas sobre as acusações iniciais de homicídio infantil.
Em uma entrevista concedida ao programa Cidade Alerta, Ivanildo expressou seus sentimentos após a perda do filho. “Livre, na verdade, eu não me sinto, porque quando a gente perde um filho, a gente perde metade de nós mesmos. Livre a gente nunca vai se sentir, por mais que as coisas sejam esclarecidas. Quando a gente perde um filho, não há tempo que cure essa dor”, disse.