O jornalista e escritor Laurentino Gomes apresentaria o segundo volume de sua trilogia Escravidão neste segundo semestre, mas, por causa da pandemia do coronavírus, o lançamento foi adiado. A previsão agora é que o novo livro chegue às livrarias em 2021, depois do lançamento na Bienal do Livro do Rio de Janeiro.
"Foi uma decisão difícil, longamente discutida com meus editores, mas é também a mais correta e responsável neste momento incerto e delicado em que vivemos", justifica o autor. "Meus lançamentos, em geral, são acompanhados de uma intensa agenda de viagens pelo Brasil com sessões de autógrafos, bate-papos, palestras e presença em escolas, algo que seria inviável acontecer neste ano. Adiar o lançamento é, portanto, um sinal de respeito e cuidado com os leitores, livreiros, professores, estudantes e todas as pessoas envolvidas nesse processo", disse Laurentino Gomes em comunicado enviado pela Globo Livros.
O segundo volume da trilogia, cujos originais já foram entregues à editora, cobre um período de 100 anos, entre a descoberta de ouro em Minas Gerais, no início do século 18, e a chegada da corte de Dom João ao Rio de Janeiro, em 1808. O primeiro, lançado no ano passado, partia dos acontecimentos relacionados ao início da escravidão africana no Atlântico, entre o primeiro leilão de escravos em Portugal, em 1444, e a morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. O volume final da trilogia , adiado agora para 2022, contemplará o século 19 – o nascimento do Brasil como Estado-Nação, o movimento abolicionista e o término formal da escravidão com a Lei Áurea de 13 de maio de 1888.