Para o ex-prefeito Elói Pietá (PT), pior que a prisão do ex-ministro Guido Mantega, na semana passada pela Lava Jato, foi ontem a operação que levou para a Polícia Federal em Curitiba Antonio Palocci, homem forte do petismo que ocupou cargos chave nos governos de Lula e de Dilma. A prisão do ex-secretário de Pietá, Branislav Kontic, que ocupou a pasta de Desenvolvimento Urbano entre 2004 e 2006, foi um duro golpe à campanha nesta reta final.
Não é o primeiro
Este não foi o primeiro ex-secretário de Pietá levado para a prisão pela Lava Jato. Em junho, Walter Corrêa, que atuou na Secretaria de Administração e Modernização, acabou preso. Tanto Corrêa como Branislav, ambos forasteiros, tiveram participação efetiva na contratação de empresas na área de informática pela Prefeitura de Guarulhos.
Não sabia
Apesar de Elói Pietá não aparecer citado em qualquer investigação ligada à Lava Jato, o ex-prefeito não deve dormir tranquilo. Afinal, depois que deixou a Prefeitura, no final de 2008, migrou para o PT Nacional, onde atuou como secretário geral do partido, no tempo em que João Vaccari Neto, já condenado e preso, atuava como tesoureiro do PT. Porém, o candidato guarulhense se safa do assunto, ecoando o velho mantra usado por Lula: “Eu não sabia de nada”.
Ataques mútuos
Mais uma vez, neste final de semana, a campanha em Guarulhos se deu à beira de um ataque de nervos. Os candidatos Eli Correa Filho (DEM) e Gustavo Guti (PSB) se encontraram na feira livre do Jardim Tranquilidade, no sábado, quando um fotógrafo do primeiro foi ameaçado por um segurança do segundo, conforme vídeo que se espalhou nas redes. O pessebista, por sua vez, afirmou que as imagens mostraram apenas a reação a uma ação anterior. O assunto rendeu.
Iguais?
Ausentes no debate entre prefeituráveis promovido pela Câmara Municipal de Guarulhos ontem, Elói Pietá (PT) e Eli Corrêa (DEM) se tornaram alvos fáceis dos demais adversários. Carlos Roberto (PSDB) e Guti (PSB) partiram para ataques aos dois, com citações aos problemas deixados pelo PT e ressaltando as ligações dos aliados do democrata com a atual administração petista. O tucano disparou: “não vejo diferença alguma entre Eloi e Eli”.
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