O chanceler da Áustria, Karl Nehammer, afirmou neste domingo, 10, que se reunirá com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em Moscou na segunda-feira, 11. A Agência de Notícias da Áustria informou que o líder disse a repórteres em Viena que planeja fazer essa viagem após no sábado ter ido a Kiev, onde se reuniu com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
A agência local diz que Nehammer almeja encorajar o diálogo entre Ucrânia e Rússia e também falar de "crimes de guerra" russos na conversa com Putin.
A Áustria integra a União Europeia e apoiou as sanções do bloco contra a Rússia. Até agora, porém, o país se opõe a cortar as compras de gás russo. A Áustria é militarmente "neutra" e não faz parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Nehammer disse que fazia a viagem por conta própria e que havia consultado graduadas autoridades da União Europeia. Também disse que informou Zelensky e o chanceler alemão, Olaf Scholz, sobre a iniciativa.
<b>Novo comandante russo</b>
A Rússia nomeou um novo comandante para sua guerra na Ucrânia, após sofrer duras derrotas na invasão, informou neste domingo um graduado funcionário dos Estados Unidos, que pediu anonimato. Moscou designou o general Alexander Dvornikov, de 60 anos, um dos mais experientes oficiais militares do país e, segundo funcionários americanos, um líder militar com reputação de brutalidade contra civis na Síria e em outros locais de conflitos.
Assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan afirmou que "nenhuma nomeação de um general pode ocultar o fato de que a Rússia tem sofrido um fracasso estratégico na Ucrânia".
Segundo ele, o general "será outro responsável por crimes e brutalidade contra civis na Ucrânia". Sullivan falou à emissora <i>CNN</i>, reafirmando o apoio à Ucrânia para resistir ao ataque.
A decisão de mudar o comando da guerra ocorre no momento em que a Rússia lança uma ofensiva na região leste ucraniana, em Donbass.
Dvornikov ganhou fama ao comandar forças russas na Síria, onde a Rússia empreende uma ofensiva desde 2015 para manter no poder o presidente Bashar al-Assad, em meio a uma devastadora guerra civil.
O general também lutou na segunda guerra da Chechênia e ocupou vários postos, sendo atualmente comandante do Distrito Militar Sul, desde 2016