Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping, prometeram nesta sexta-feira, 30, aprofundar a cooperação bilateral em meio à guerra iniciada há dez meses pelo russos contra a Ucrânia, que enfrentou mais uma noite de ataques de drones e foguetes após um grande bombardeio de mísseis.
Em videoconferência realizada mais cedo, Putin e Xi não fizeram menção direta à Ucrânia, mas defenderam o fortalecimento dos laços entre Moscou e Pequim em face do que chamaram de "tensões geopolíticas" e "difícil situação internacional".
"Diante das crescentes tensões geopolíticas, a importância da parceria estratégica russo-chinesa está crescendo como fator estabilizador", disse Putin. Ele convidou Xi para visitar Moscou durante a primavera russa.
Na Ucrânia, autoridades revisaram o saldo de vítimas de um ataque generalizado de mísseis russos a usinas elétricas e outras instalações de infraestrutura vitais na quinta-feira, no o maior bombardeio do tipo em semanas. Quatro civis foram mortos durante a ofensiva, de acordo com Kyrylo Tymoshenko, vice-chefe do gabinete da presidência ucraniana.
Durante a conversa com Xi Jinping, Putin observou que a cooperação militar tem um "lugar especial" na relação entre seus países. O líder russo declarou que o Kremlin pretende "fortalecer a cooperação entre as forças armadas da Rússia e da China".
Xi Jinping, por sua vez, disse por meio de um tradutor que "diante de uma situação internacional difícil", a China está pronta "para aumentar a cooperação estratégica com a Rússia e oferecer oportunidades de desenvolvimento mútuas".