Nas horas seguintes aos ataques de grupos radicais em Brasília no domingo, líderes latino-americanos defenderam a convocação de um encontro emergencial no âmbito da Organização dos Estados Americanos (OEA) para discutir a situação da democracia no Brasil.
Em publicação no Twitter, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, expressou solidariedade ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e falou em tentativa de golpe pelo "fascismo". "É hora urgente de reunião da OEA se quiser seguir viva como instituição e aplicar a carta democrática", escreveu.
Petro afirmou que a esquerda propôs adoção de medidas que fortaleçam o sistema interamericano de direitos humanos, com a aplicação das normas vigentes e a ampliação dos direitos de mulheres, ambientais e coletivas, mas que a resposta "são golpes parlamentares ou golpes violentos da extrema direita".
Na mesma rede social, o presidente do Chile, Gabriel Boric, reproduziu publicação da ministra das Relações Exteriores do país, Antonia Urrejola, em que informa estar pressionando por uma sessão extraordinária da OEA.
O secretário-geral da OEA, Luis Almagro, por sua vez condenou os ataques à democracia brasileira. "Essas são ações indesculpáveis e de natureza fascista", classificou.