Cidades

Leandro Balcone

A morte do advogado criminalista Leandro Balcone mexeu com o meio político de Guarulhos. Tido com uma das principais lideranças de oposição ao PT na cidade, ele era um dos principais nomes do PSB para a Câmara Municipal nas eleições de outubro. Idealista, religioso, convicto de seus atos, era do tipo de pessoa que não mandava recados. A morte trágica interrompe uma trajetória política que tinha tudo para ser promissora.
 
 
 
Que tipo de crime?
 
Por ser uma voz contra o PT, não demorou para diversos comentários transitarem nas redes sociais tentando tratar o assassinato dele como crime político, algo que será investigado pela Polícia Civil junto a outras hipóteses. Em 2012, ainda no PDT, Balcone teve pouco mais de 600 votos, ficou na suplência e chegou a assumir o mandato em uma oportunidade.  Deixou o partido por não concordar com o fato de a legenda ter mudado de lado após as eleições de 2012, quando se coligou com o PSDB de Carlos Roberto, mas logo abraçou o governo de Sebastião Almeida (PT).
 
 
 
Explicações
 
Apesar de crime político ser uma hipótese pouco provável, o PT de Guarulhos emitiu uma nota oficial em que “lamenta a morte trágica e violenta do advogado criminalista Leandro Balcone”. Para muita gente, não tinha porque o partido vir a público fazer essa declaração já que oficialmente não foi acusado de nada.
 
 
 
No ninho
 
O vereador Gilvan Passos (PSDB) vem demonstrando em recentes postagens no Facebook que está “mais do que nunca” ligado ao empresário Carlos Roberto, pré-candidato do partido a prefeito, acabando com as especulações de que poderia mudar de legenda. A ligação que ele vinha mantendo com o deputado federal Eli Corrêa Filho (DEM) se devia apenas ao acordo firmado nas eleições de 2014, quando o tucano não entrou na disputa e liberou seus parceiros políticos a seguirem caminhos próprios.  
 
 
 
Lava Jato
 
A agência de publicidade que atendeu a Prefeitura de Guarulhos até o final de 2014, a Arcos, foi citada ontem durante a Xepa, nome dado a 26ª fase da Operação Lava Jato. A Polícia Federal promoveu em São Paulo a condução coercitiva de Antonio Carlos Vieira da Silva Junior, um dos proprietários da empresa.
 

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