Enquanto a campanha de Fernando Haddad (PT) aposta no apoio de Geraldo Alckmin (PSB) para tentar reduzir o antipetismo no interior de São Paulo, Rodrigo Garcia, que deixou o DEM e migrou para o PSDB no ano passado, reivindica o legado de vitrines tucanas no Estado como os programas Bom Prato e Poupatempo.
Os dois programas, que têm sido a peça de resistência dos discursos de Garcia, candidato à reeleição, foram criados na gestão Mário Covas (1995-2001) e ampliados nas demais administrações tucanas, especialmente nas de Alckmin. O ex-tucano governou São Paulo por quatro mandatos.
O embate gerou uma situação inusitada. O PT tenta criticar o PSDB poupando Alckmin, e incluiu a expansão dos dois projetos no programa de governo de Haddad. Os tucanos, por sua vez, creditam as iniciativas a Covas e minimizam o papel de Alckmin.
"O papel do Alckmin (no Bom Prato) foi importante, como de todos os governadores que me antecederam: o Covas criou, Alckmin, João (Doria) e (José) Serra ampliaram. Políticas públicas de sucesso não podem parar", disse Garcia na quarta-feira, durante visita a uma unidade do Bom Prato em Paraisópolis. "O Rodrigo defende mais o legado de Alckmin que o Haddad", disse o candidato ao Senado na coligação de Garcia, Edson Aparecido (MDB).
<b>SEM VÍNCULO.</b> Coordenador do plano de governo de Haddad, Emídio de Souza afirmou que a ampliação do Bom Prato e do Poupatempo estará no programa do ex-prefeito. "Garcia tenta herdar um legado que não tem nada a ver com ele."
"O Poupatempo e o Bom Prato são programas que, pelas mãos de Alckmin, foram expandidos, se tornando uma política de Estado que pertence ao povo paulista, e não uma marca do governo de plantão", disse Fernando Guimarães, segundo-vice-presidente do PSB/SP.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>