Diante de todas polêmicas que envolvem a realização da Copa do Mundo no Brasil, em
Isso significa, como muito já foi falado, abrir mão de convicções que levaram anos para serem conquistadas. Dois pontos básicos: a violação dos direitos do consumidor e a liberação de bebidas alcoólicas nos estádios. Na verdade, o governo se ajoelha diante da Fifa ao ceder às pressões da entidade. Está em curso, com as bênçãos do Ministério dos Esportes, uma mudança na legislação incorporada na vida do brasileiro com muita luta, que é evitar o álcool nos estádios de futebol. Trata-se de um verdadeiro atentado contra a segurança da família, dos cidadãos, que acaba por estimular a violência, em tempos que tanto se fala de garantir uma convivência mais amável entre as torcidas.
A liberação é um brutal retrocesso para o páis. Não é novidade para ninguém, inclusive por meio de pesquisas, que existe uma estreita relação entre o consumo de bebidas com aumento de criminalidade. Esta postura de submissão tem um único objetivo, nada nobre. Garantir os interesses das indústrias de bebidas e da entidade em conseguirem patrocinadores.
Outro ponto polêmico que atenta contra o país sera a excepcinalidade que se dará ao evento no que tange os direitos dos consumidores, principalmente em relação às cotas de ingressos com descontos para estudantes e maiores de 60 anos. O próprio Estatuto do Torcedor será rasgado.
Mais uma vez, em nome da realização da Copa do Mundo, com resultados ainda incertos, o Brasil está abrindo mão de sua soberania. Corre o risco ainda de deixar à população um perigoso legado de desrespeito à lei vigente. O evento ainda é bem vindo, porém não se pode admitir que o país seja obrigado a perder sua identidade.