Estadão

Leila Pereira dará coletiva apenas para jornalistas mulheres no CT do Palmeiras

Leila Pereira, presidente do Palmeiras que começa o último ano de seu mandato, decidiu inovar e convocou uma entrevista coletiva marcada para a próxima terça-feira, dia 16, a partir das 13h, somente com a presença de jornalistas mulheres. A entrevista será livre, sem tema pré-definido. Há a expectativa de um anúncio importante, mas o clube paulista não confirma.

Segundo o Palmeiras, na sala de entrevistas da Academia de Futebol, Leila vai responder a perguntas sobre todos os temas, como fez em outubro do ano passado, quando concedeu sua última coletiva, repleta de controvérsias.

Na ocasião, diante de jornalistas selecionados pelo clube, ela se mostrou aberta ao conflito ao atacar a Mancha Alvi Verde, principal organizada ligada ao time, defender suas decisões, colocar-se como salvadora do clube.

Além disso, naquela entrevista, Leila lançou o desafio de aumentar o valor que suas empresas pagam ao Palmeiras caso alguém prove que o Corinthians terá um patrocínio superior aos R$ 81 milhões pagos pela Crefisa e FAM. O rival alvinegro, recentemente, anunciou o maior patrocínio do País, da casa de apostas Vai de Bet, que vai pagar ao clube R$ 360 milhões ao longo de três anos.

A empresária deve falar sobre o patrocínio que paga ao clube e cujo contrato vence no fim do ano, além de, provavelmente, ter de, mais uma vez, dizer se o elenco será reforçado com novos jogadores. Foram contratados para o início da temporada o volante Aníbal Moreno e os atacantes Bruno Rodrigues e Caio Paulista.

ENTREVISTA SÓ PARA MULHERES
Em entrevista ao <b>Estadão</b> no ano passado, Leila disse que as mulheres, geralmente, lhe dão parabéns pela sua atuação no Palmeiras. Já os homens, ao encontrar a dirigente, têm o hábito de cobrar reforços para o time.

"Sabe que as mulheres chegam para mim e falam Leila, parabéns. Obrigada por representar tão bem a todas nós . Sejam palmeirenses ou torcedoras rivais, todas se sentem orgulhosas de ter uma mulher como presidente em um clube tão gigante, com resultados tão expressivos", afirmou ela.

A empresária, única presidente de um clube entre os 40 das Séries A e B, acredita que representa "todas as mulheres". "Nós podemos estar onde quisermos. O futebol é um ambiente muito masculino, mas eu falo por mim: nunca me senti discriminada porque eu me posiciono sempre".

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