O ministro-chefe da Secretaria Nacional dos Portos, Helder Barbalho, afirmou na manhã desta quarta-feira, 24, que as seis áreas do chamado Arco Norte que serão leiloadas em 31 de março têm recebido interesse de investidores, tanto nacionais quanto estrangeiros. A declaração foi dada durante o evento promovido pela revista Carta Capital, em São Paulo.
“As áreas têm perfis de operação distintos. Vila do Conde é integrado a Outeiros e com o transbordo de carga em Miritituba. Em Santarém, temos a peculiaridade de ser uma área de fertilizantes, o que ainda não havia sido colocado ao mercado”, comentou.
Barbalho disse que o governo tem conversado com players nacionais e estrangeiros e fará no começo de março eventos em Belém do Pará e Cuiabá (MT). Além disso, há uma negociação para um possível evento nos EUA antes do leilão.
O ministro afirmou que, após o certame realizado em dezembro do ano passado, quando não houve interesse por Vila do Conde, foram realizadas modificações no edital, inclusive atendendo a pedidos de possíveis interessados.
Uma diferença é que o valor da outorga, por exemplo, não será mais pago à vista, e sim 25% na entrada e o restante parcelado em cinco anos, com correção pelo IPCA. Além disso, o prazo entre o lançamento do edital e o dia do leilão passou de 40 para 60 dias, até mesmo para facilitar a negociação de empresas locais com eventuais parceiros estrangeiros.
Barbalho também ressaltou a importância da renovação antecipada do contrato da Rumo Logística no Porto de Santos, que prevê investimentos de R$ 308 milhões. “O contrato venceria em 6 de março agora e havia até o risco de paralisar as operações no porto. Festejamos esse investimento”, comentou. Ele ressaltou ainda a liberação, pelo Tribunal de Contas da União (TCU), para o lançamento do edital de licitação de porto de passageiros de Salvador (BA).
No mesmo evento, a secretária-executiva do Ministério dos Transportes, Natália Marcassa, comentou que, apesar das dificuldades enfrentadas atualmente pelo Brasil, há oportunidades imensas de investimentos em transportes.
Ela lembrou a meta de duplicar, nos próximos cinco anos, quase 3,5 mil quilômetros de rodovias, o que aumentaria em 50% o total de rodovias duplicadas do País. “Em 2015, foram entregues 230 km de rodovias duplicadas, sem contar obras públicas, só com as concessões. O programa de concessões é um sucesso”, afirmou.