Economia

Leilão de usinas tem chineses e estatais estaduais entre os vencedores

A presença da China Three Gorges (CTG) na disputa pelo lote E e a determinação das estatais estaduais em manter o controle sobre seus ativos garantiu o sucesso do leilão de relicitação de 29 usinas promovido nesta quarta-feira, 25, pelo governo federal. Com a licitação de todos os lotes ofertados, o governo receberá R$ 17 bilhões sob a forma de bônus de outorga, dos quais R$ 11,05 bilhões no final de dezembro. Os R$ 5,95 bilhões restantes devem ser pagos pelos vencedores do certame ainda no primeiro semestre de 2016.

O leilão teve início com a vitória da CTG na disputa do lote E, formado pelas usinas de Jupiá e Ilha Solteira, que pertenciam à Cesp. As duas usinas, os principais empreendimentos do leilão, têm capacidade instalada conjunta de 4.995 MW, o que coloca o grupo chinês entre os maiores geradores de energia do País. O valor de outorga para os dois empreendimentos soma R$ 13,8 bilhões.

O lote D, o segundo mais importante em termos de capacidade, foi vencido pela mineira Cemig, que já era a concessionária responsável pela maior parte dos ativos. O valor a ser pago ao governo federal soma R$ 699,6 milhões.

A Celesc pagará R$ 228,6 milhões pelos ativos do lote C, incluindo usinas que já pertenciam a ela.

A também estatal estadual Celg Geração e Transmissão venceu a disputa com o Consórcio Juruena pelo lote A , a única concorrência do leilão, e manterá o ativo. Para tanto, pagará R$ 15,8 milhões ao governo.

A principal novidade do leilão, além da CTG, aparece no lote B. A Copel manteve o controle da usina Parigot de Souza, porém as usinas Mourão I e Paranapanema passarão a ser operadas pela italiana Enel.

O lote B prevê o pagamento de R$ 735,5 milhões de bônus de outorga, dos quais R$ 574,8 milhões referentes à usina Parigot de Souza.

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