Os representantes do governo presentes em coletiva de imprensa realizada após a conclusão do leilão A-1 confessaram que o resultado do certame realizado na manhã desta sexta-feira, 5, ficou aquém do desejado. Os 622 MW médios negociados foram limitados pela oferta por parte dos geradores. A demanda das distribuidoras não foi revelada. Analistas estimam que a demanda estava entre 2.500 MW médios e 3.000 MW médios.
Para atender à demanda excedente, o governo federal pretende promover um leilão de ajuste na primeira quinzena de janeiro do próximo ano. Outros leilões de ajuste podem ser realizados para reduzir a demanda das distribuidoras, caso sejam necessários, destacou o assessor econômico do Ministério de Minas e Energia (MME), Igor Alexandre Walter. Os leilões podem incluir contratos de fornecimento com prazos, por exemplo, de três ou seis meses.
A grande preocupação dos representantes do governo federal está na descontratação das distribuidoras no primeiro semestre de 2015. A demanda do segundo semestre está praticamente equacionada com a contratação de hoje e a oferta de cotas de energia proveniente de usinas cujas concessões vencem no decorrer do próximo ano.
A usina de São Simão, cuja concessão vence em janeiro, disponibilizará 1.217 MW médios a partir de fevereiro – em um primeiro momento, haverá 785 MW médios a partir de 20 de janeiro. A partir de julho, com o vencimento da concessão da usina São Simão e outras menores, haveria uma disponibilidade de aproximadamente 3.500 MW médios. “Mas quando tivemos 100% da energia convertida em cotas, teremos 4.200 MW médios”, explicou Walter.