O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta segunda-feira que, apesar de o recrudescimento da covid-19 no País ter causado um "pequeno atraso" no andamento da Reforma Tributária na Casa, espera até a próxima segunda-feira (3) fazer a leitura ou publicizar o relatório da proposta. Em entrevista à rádio <i>Jovem Pan</i>, Lira afirmou que para esta semana estão prevista "algumas reuniões" com o objetivo de traçar "encaminhamentos para começarmos tratativas da reforma tributária".
"Nós temos que ter um sistema tributário mais justo, onde quem ganha menos pague menos, quem ganhe mais pague mais e quem produz e gera emprego seja estimulado", defendeu nesta manhã. O presidente da Câmara disse também que irá procurar nesta tarde o ministro da Economia, Paulo Guedes, para tratar do andamento da proposta.
No último sábado, 24, Lira já tinha informado, em publicação no Twitter, que a versão inicial do texto da reforma tributária seria divulgada no dia 3 de maio. "O Congresso não pode ficar prisioneiro da paralisia política das guerras legislativas. Mais do que nunca, temos de cumprir nosso dever com a sociedade. Como sinalização de que a política do cabo de guerra não vai alterar nossa missão, estaremos tornando pública na segunda-feira, dia 3 de maio, a versão inicial do texto da reforma tributária", escreveu Lira na ocasião.
<b>CPI</b>
Segundo avalia Lira, a CPI da Pandemia, instalada no Senado na última semana, pode atrapalhar o andamento da proposta tributária. "A CPI vai funcionar com 10% ou 15% dos senadores, mas vai fazer grande ocupação de espaço na mídia. Ocupando os órgãos do governo federal com informações, ocupando o Senado Federal com estruturas. Vai ocupar os governos de Estados e prefeituras." "É perda de tempo neste momento se instalar CPI porque o Congresso não é delegacia de polícia, é a Casa de Leis", afirmou Lira.