Estadão

Leo Lins tem redes e R$ 300 mil bloqueados após se tornar réu por conteúdo discriminatório

A Justiça acatou um pedido do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e o humorista Leo Lins se tornou réu por promover e publicar conteúdo discriminatório. Após a decisão, o comediante teve o perfil no TikTok e seu canal no YouTube suspensos por 90 dias, além de R$ 300 mil bloqueados em suas contas bancárias.

Segundo o MP-SP, o bloqueio foi emitido depois de Leo resistir a pagar multas impostas anteriormente. O humorista passou a ser investigado por uma força tarefa do Ministério Público com o auxílio do CyberGaeco e da Promotoria de Direitos Humanos.

O órgão alegou que as investigações concluíram que Leo Lins "desafia autoridades de vários Estados em seus shows e nas redes sociais", além de divulgar "conteúdos capazes de humilhar, constranger e injuriar minorias". Ele é acusado de promover discursos de ódio contra negros, pessoas com deficiência e nordestinos.

Se condenado, o humorista pode enfrentar uma pena que varia de 4 a 10 anos de reclusão. Ainda conforme o MP-SP, Leo chegou a recorrer das primeiras medidas cautelares, mas a Justiça negou os pedidos da defesa.

A reportagem entrou em contato com o comediante para que ele comentasse o caso, mas não obteve retorno até o momento da publicação. O espaço segue aberto.

Não é a primeira vez que Leo Lins enfrenta determinações do Tribunal de Justiça. Em maio passado, um especial de comédia do humorista, <i>Perturbador</i>, teve de ser retirado do ar por piadas com pessoas idosas e com deficiências, de cunho religioso, escravidão e minorias.

Em agosto de 2022, a Justiça de São Paulo também condenou o comediante a pagar uma indenização de R$ 44 mil por danos morais à mãe de um jovem autista.

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