O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, decidiu nesta segunda-feira, 29, que senadores que eventualmente sejam injuriados pela presidente afastada Dilma Rousseff em sua fala, durante a sessão de julgamento final do impeachment, terão direito de resposta garantidos. Uma questão de ordem nesse sentido foi apresentada pelo líder do governo Michel Temer no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP).
Lewandowski afirmou que o interrogatório da presidente é o ato culminante do processo penal, momento em que os acusados exercem a “plenitude” do seu direito de defesa. “Neste ato processual que ora realizamos, a presidente da República está defendendo seu mandato, sua honra pessoal e sua biografia. Portanto, é natural que concedamos a ela amplitude maior de sua expressão”, declarou o presidente do Supremo Tribunal Federal.
O ministro afirmou que os senadores estão exercendo papel de juízes, e não de acusadores. “No entanto, caso algum senador ou senadora seja injuriado de qualquer forma, coisa que não acredito que acontecerá, esse presidente garantirá, após a resposta da senhora presidente da República, a palavra para que ele possa repelir a injúria”, afirmou.
Segundo o presidente do Supremo, esse direito de resposta será definido por ele, que comanda a sessão de julgamento do impeachment.
Kátia Abreu
A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) iniciou sua exposição no Plenário do Senado durante o julgamento da presidente afastada Dilma Rousseff. Kátia, que é amiga pessoal de Dilma, foi a primeira inscrita. Sua fala concentrou-se em fazer elogios a Dilma e destacar os feitos do governo da petista quando a peemedebista estava a frente do Ministério da Agricultura. “Não votei na senhora em 2010, mas em 2014 tive a certeza do seu compromisso com o Brasil”, afirmou, ressaltando ter orgulho ter sido a primeira mulher ministra da Agricultura.
Depois da manifestação de Kátia Abreu, Dilma começou a responder. Kátia disse que impeachment é resultado da vingança do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha.