O ritmo lento de liberação das rodovias do País deve-se à complexidade da operação, afirmou o diretor executivo da PRF, Marco Antônio Territo. "A PRF tem que agir com bastante parcimônia, junto aos nossos parceiros da segurança pública. Primeiramente, com um diálogo e, com o passar do tempo, a gente tenta outras medidas", disse ele em coletiva de imprensa. "A (manifestação dos caminhoneiros) de 2018 durou quase uma semana, estamos há um dia aqui", justificou.
O diretor de operações da PRF, Djairlon Henrique Moura, ainda explicou que existem corredores logísticos estratégicos no Brasil que recebem prioridade no momento das liberações para reduzir o risco de desabastecimento no País. "Temos dinâmicas para fazer essas desobstruções. A gente pretende e deve desobstruir primeiro o que é mais necessário: a circulação de pessoas e cargas", afirmou.
<b>Interdições</b>
A Polícia Rodoviária Federal informou que os pontos de interdições e bloqueios em rodovias do País caíram de 267, às 11h45 para 230 às 12h05. Há ocorrências em 21 Estados e no Distrito Federal. São eles: Amazonas, Acre, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. As informações foram publicadas na conta oficial do Twitter da PRF.
O maior número de bloqueios é registrado em Santa Catarina, com 36 ante 35 do boletim anterior, e o de interdições em Mato Grosso, com 26. Segundo a entidade, 314 manifestações já foram desfeitas. Ao <i>Estadão/Broadcast</i>, a PRF informou que das manifestações desfeitas 245 foram organizadas por populares, 35 por outros movimentos sociais e 33 por caminhoneiros.
A corporação anunciou uma operação para liberar estradas na madrugada desta terça-feira, após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinar a liberação imediata das vias públicas.