Esportes

Líbero Serginho, ex-Corinthians-Guarulhos, se despede oficialmente das quadras

Maior vencedor da história do voleibol brasileiro anunciou a aposentadoria no último sábado

Considerado o maior líbero da história do voleibol nacional, Serginho Escadinha anunciou a aposentadoria como atleta na noite do último sábado, 16/05. Por meio de um post nas mídias sociais, Serginho avisou que encerrou a carreira de tanto sucesso: quatro finais olímpicas seguidas, com duas medalhas de ouro, bicampeão mundial, tricampeão da Copa do Mundo, nove vezes campeão da Liga Mundial, campeão pan-americano, diversas vezes campeão sul-americano, campeão de Superliga.

O último clube que ele defendeu foi o Vôlei Ribeirão, após passagem de relativo sucesso pelo projeto Corinthians-Guarulhos, time da cidade onde começou sua carreira. Liderado por Serginho, o time de Guarulhos venceu uma Taça de Ouro, foi vice-campeão paulista e chegou aos playoffs da Superliga em 2017/2018.

Se o currículo de Serginho é gigante, a vida é exemplo. Sérgio Dutra dos Santos, hoje com 44 anos, nasceu no Paraná e se mudou com a família ainda criança para Pirituba, em São Paulo. O vôlei foi a opção para enfrentar as dificuldades da vida. “Chegou o momento. Quem viu o Serginho, quem viu a seleção brasileira com o Serginho, viu. Agora é só por vídeo”, disse, em entrevista ao programa Esporte Espetacular, da TV Globo.

Serginho contou como foi o processo de decisão. “Depois do Rio, eu pensei que precisava parar, encontrar uma forma de parar, e desde 2016 as pessoas não deixavam. Sempre tive um desafio diferente, novo, para cumprir e sempre fui um cara que aceitou todos os desafios”, explicou o líbero.

A pandemia da COVID-19 acelerou o fim da carreira de Serginho que entrou em quadra pela última vez em 7 de março, quando seu time, o Vôlei Ribeirão, virou o jogo e venceu o Fiat/Minas (MG) por 3 sets a 2 em jogo válido pela Superliga.

Satisfeito com tudo que viveu no vôlei, Serginho espera propagar seus conhecimentos. Ele criou um instituto em Guarulhos, na região do Jardim Paraventi. “Voleibol é o que eu sei fazer e quero passar isso adiante. Não quero morrer com tudo que aprendi. Hoje posso parar, posso encerrar a carreira, relembrar de tudo e saber que valeu a pena. Meu choro hoje é de felicidade. A partir de agora, quem quiser lembrar de mim, jogue voleibol. Só isso”, finalizou.

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