O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou que a libertação de cinco cidadãos norte-americanos até então mantidos como prisioneiros no Irã e a conclusão das etapas para encerrar o programa de energia nuclear do país significam uma vitória para a linha adotada por seu governo nas questões de política externa, que dá prioridade à diplomacia.
“Este é um bom dia. Vimos, mais uma vez, o que é possível alcançar com uma diplomacia norte-americana forte”, afirmou Obama em pronunciamento feito neste domingo na Casa Branca.
Ao mesmo tempo, em meio a críticas de que o Irã receberá benefícios financeiros pelos termos do acordo, Obama anunciou novas sanções contra Teerã relacionadas a seu programa de mísseis balísticos.
A iniciativa para interromper o programa de energia nuclear do Irã faz parte de um acordo celebrado entre o país, os Estados Unidos e outras potências mundiais que foi concretizado neste sábado. Obama afirmou também que os Estados Unidos e o Irã chegaram a um consenso sobre uma disputa legal de longo prazo envolvendo fundos de investimento do Irã.
Obama discursou após quatro dos cinco cidadãos norte-americanos detidos no Irã terem deixado o país, no sábado. Os Estados Unidos, por sua vez, libertaram sete prisioneiros iranianos.
O presidente dos Estados Unidos rebateu críticas feitas ao acordo. Declarou que os Estados Unidos continuarão vigilantes no que diz respeito a agressões promovidas pelo país no Oriente Médio. As novas sanções anunciadas neste domingo, relacionadas ao programa iraniano de mísseis balísticos, foi apontada como exemplo da vigilância norte-americana.
Dentre os norte-americanos libertados pelo governo iraniano estão Jason Rezaian, repórter do jornal The Washington Post, Amir Hekmati, descendente de iranianos e ex-fuzileiro naval, Saeed Abedini, pastor naturalizado cidadão dos EUA, Nosratollah Khosravi-Roodsar e um estudante norte-americano, Matthew Trevithick.
Obama afirmou que Rezaian, cuja detenção chamou a atenção global, já se reencontrou com sua família. O presidente lembrou ainda que seu governo continuará buscando informações sobre o paradeiro do ex-agente do FBI Robert Levinson, que desapareceu no Irã em 2007 e não foi mencionado pelos iranianos no sábado. Fonte: Dow Jones Newswires.