Cidades

Licença foi concedida à Mundial apenas mediante o protocolo dos bombeiros

Almeida cassou a permissão do templo no último dia 20

O vereador Geraldo Celestino (PSDB) comemorou o fato do prefeito Sebastião Almeida ter cassado a licença de funcionamento do templo da Igreja Mundial do Poder de Deus, em Cumbica, em decisão tomada na última sexta-feira, dia 20.

O vereador vinha questionando judicialmente a legalidade do alvará concedido pela Prefeitura à Igreja Mundial do Poder de Deus, uma vez que foi expedido sem laudo do Corpo de Bombeiros e sem os relatórios de impactos exigidos pelas leis municipais. "Isso mostra que meus questionamentos estavam corretos e não se baseavam em questão religiosa como muitos tentaram fazer parecer", disse o vereador. "O prefeito Almeida assumiu o erro de emitir o alvará e voltou atrás. Apenas antecipou algo que a Justiça o mandaria fazer", acrescentou.

Celestino disse também que, mesmo com a cassação do alvará, não retirará os pedidos na Justiça para a interdição do templo. "Não vou retirar e uma decisão judicial deve sair em breve. Agora espero que a Mundial faça as mudanças necessárias no local e que os estudos de impactos viários no entorno do templo sejam feitos. Estando tudo certo, que os cultos voltem ao local. Não sou contra", afirmou.

No último dia 13, uma vigília aconteceu no templo mesmo desacatando decisão liminar da 2ª Vara da Fazenda de Guarulhos, que cancelou o evento momentos antes do seu início. O alvará concedido pela Prefeitura, permite 30 mil pessoas no local, número que foi desrespeitado nos dois eventos realizados na templo após sua inauguração, em 1° de janeiro deste ano. Mais uma vez a reportagem tentou ouvir a Igreja Mundial, no entanto, nenhum pedido de entrevista foi aceito.

Ontem, em nota, a Prefeitura informou que a licença foi concedida mediante a um protocolo apresentado pela Igreja Mundial do Poder de Deus, referente a um pedido de vistoria de obtenção do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros. Na sexta-feira, o HOJE trouxe reportagem em que o Corpo de Bombeiros ainda aguardava um projeto com as alterações solicitadas. Ou seja, a Igreja não havia cumprido ainda.

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