Seis meses após a paralisação das obras da Linha 4-Amarela, do Metrô, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) vai reabrir nesta segunda-feira, 11, a licitação para o término das Estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia, além de uma extensão do pátio de manobras do ramal. O contrato com o consórcio formado pelas empresas Isolux, Corsán e Corvian, foi rompido em julho de 2015 por causa de atrasos.
A informação foi confirmada pelo governador na manhã desta quinta-feira, 7. “Dia 11 (segunda), reabre a licitação para entregar as quatro estações: Higienópolis, Oscar Freire, Morumbi e Vila Sônia”, afirmou Alckmin em entrevista à Rádio Globo.
Em novembro do ano passado, o governo havia lançado edital para qualificar as empresas interessadas em participar da concorrência. Na ocasião, o secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, afirmou que previsão é de que as obras sejam retomadas a partir de abril deste ano.
“Após ser retomada, a Estação Higienópolis-Mackenzie deve ficar pronta em 12 meses”, disse Pelissioni. “A Oscar Freire, em 15 meses. Já a Estação São Paulo-Morumbi termina em 18 meses. E a Vila Sônia, em 36 meses. Mas vamos trabalhar muito para antecipar esse prazo”, prometeu.
O ramal começou a ser construído em 2004 e deve ligar a região central à zona oeste. A conclusão estava prevista para 2014, mas as Estações Higienópolis/Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo/Morumbi e Vila Sônia ainda não foram entregues.
“Infelizmente o Consórcio Isolux-Corsán-Corviam ganhou os dois lotes e só conseguiu entregar uma Estação, que foi a Fradique Coutinho. Uma hora não tinha funcionário e quando tinha funcionário não tinha material de trabalho”, disse Alckmin, na época do rompimento do contrato.
Já o consórcio criticou a “falta de gestão” por parte do Estado para a obra. Em julho, as empresas reclamaram da falta de regularização de vários itens dos dois contratos em vigência, como a celebração de aditivos relacionados a prazos e obras.
Entre as reclamações, o grupo espanhol afirmava que, além de demorar 27 meses para entregar o projeto executivo das estações (de responsabilidade do Metrô) e liberar as licenças, os relatórios vieram incompletos e com falhas até mesmo de concepção do projeto. Para resolver as pendências, foram enviadas 99 correspondências relatando os problemas, sem uma solução objetiva.