Em reação ao pedido de afastamento defendido pelos tucanos, o líder do PSC na Câmara, André Moura (SE), leu em plenário uma nota de apoio ao presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A nota foi assinada, segundo Moura, por 13 partidos que representam mais de 230 parlamentares.
No documento, líderes de siglas como PR, PMDB, PSC, PP, PSD, PTB, Solidariedade, PEN, PMN, PRP, PHS, PTN e PTdoB, dizem apoiar e ter total confiança na condução dos trabalhos de Cunha na presidência da Casa. “As denúncias apresentadas seguirão o curso do devido processo legal, onde haverá condição de defesa e julgamento por instâncias próprias e o princípio da presunção da inocência, consagrado em nossa constituição, deve prevalecer para qualquer cidadão, inclusive o presidente da Câmara dos Deputados”, diz a nota.
Moura disse que ninguém pode ser condenado de forma antecipada e que o caso de Cunha não pode ser politizado. “Eventuais disputas políticas não podem prevalecer para paralisar o funcionamento da Casa no momento em que o País exige e espera que a Câmara dos Deputados delibere as matérias que o Brasil precisa para retomar o crescimento”, finalizou.
Segundo Moura, o grupo procurou o líder do governo, José Guimarães (PT-CE), para que os petistas apoiassem o documento. Ele afirmou que a nota chegou a ser encaminhada a Guimarães. “Se o PT resolver assinar mais para frente, ótimo”, disse o líder do PSC. O líder do PT, Sibá Machado (AC), disse desconhecer o conteúdo da nota de apoio a Cunha. Ainda de acordo com Moura, a nota foi redigida no gabinete do PSC e levada no gabinete da liderança do governo porque alguns líderes de partidos governistas que apoiavam a iniciativa estavam ali reunidos e queriam assinar a nota.