Autoridades internacionais se reuniram nesta quarta-feira para se comprometer com US$ 3 bilhões por ano em ajuda ao Afeganistão. A conferência de desenvolvimento coincide com o aumento dos ataques do Taleban no país, inclusive uma ofensiva que chegou a penetrar no coração de Kunduz, quarta maior cidade do país.
O presidente afegão, Ashraf Ghani, e a chefe da política externa da União Europeia, Federica Mogherini, disseram que os ataques foram pensados para ofuscar a conferência de doadores. Nesta semana, o Taleban hasteou sua bandeira na principal praça de Kunduz e lançou uma nova ofensiva em três outras províncias.
Em outro episódio, um soldado das forças de operação especial dos EUA foi morto em uma patrulha no leste do país, onde o Estado Islâmico tem presença.
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, disse que as forças afegãs retomaram o controle de Kunduz, segundo generais da Otan. As forças militares internacionais dão apoio à operação na cidade, dando assessoria às tropas locais, disse Stoltenberg.
Autoridades em Bruxelas disseram que seguem comprometidas a buscar um acordo de paz para o Afeganistão para tentar fortalecer os ganhos do país desde a invasão em 2001 dos EUA e da derrubada do regime do Taleban.
A UE se compromete a enviar 1,2 bilhão de euros (US$ 1,34 bilhão) ao ano para o Afeganistão, disse Mogherini. Os EUA contribuirão com cerca de US$ 1 bilhão anualmente, disse uma graduada autoridade do Departamento de Estado. Os compromissos assumidos agora devem ser mantidos até 2020.
Autoridades da UE dizem que a manutenção da assistência militar e de desenvolvimento para o Afeganistão é crucial para estabilizar o país e encorajar os cidadãos afegãos a ficar em vez de buscar refúgio na Europa. Mogherini afirmou, porém, que não há condições nem vínculo entre a ajuda e a política imigratória. Fonte: Dow Jones Newswires.