Liesa suspende desfiles na Sapucaí e carnaval do Rio não acontecerá em fevereiro

Os desfiles das Escolas de Samba do Rio não acontecerão em fevereiro, e o carnaval da cidade não tem data para ocorrer no próximo ano. A decisão da suspensão da festa na Marquês da Sapucaí foi tomada na noite desta quinta-feira, 25, em reunião realizada pela Liga das Escolas de Samba (Liesa). Os blocos de carnaval, por sua vez, haviam decidido pela suspensão de suas celebrações de rua ainda no mês passado.

Nessa quinta, representantes de todas as agremiações se posicionaram a favor do adiamento. Por ora, os dirigentes das escolas de samba optaram apenas por suspender o carnaval, mas um cancelamento definitivo não está descartado. Três coisas pesam para definir os desfiles em 2021: imunização em massa contra o coronavírus, o que ainda depende da aprovação de uma vacina; tempo hábil para que as escolas se organizem; e a questão financeira.

Mesmo que a vacinação se torne uma realidade nos próximos meses e o desfile fique viável em 2021, os dirigentes avaliam que o carnaval provavelmente não acontecerá nos moldes tradicionais. A tendência é que ele seja menor, com menos alas e alegorias. Uma última opção, mas que ainda enfrenta resistência, é cancelar definitivamente os desfiles e esperar por 2022.

<b>Blocos</b>

A Associação Independente dos Blocos de Carnaval de Rua da Zona Sul, Santa Teresa e Centro (Sebastiana) havia decidido suspender o desfile de blocos há um mês. "Para nós é fundamental ter vacinação em massa da população", afirmou Rita Fernandes, presidente da associação.

Ela vê como correta a decisão da Liesa, mas ressalta que se tratam de dois modelos de se fazer carnaval diferentes. Por isso, Rita não descarta que os blocos de rua desfilem em algum momento no próximo ano mesmo que a liga opte por cancelar seu carnaval na Sapucaí.

"As escolas dependem de um tempo muito maior para se preparar, de quase um ano. Teoricamente, a gente consegue montar um desfile de bloco em um mês. Claro que gostaríamos que acontecessem e que fosse num mesmo período, mas pode acontecer de ter uma expressão carnavalesca – eu nem estou chamando de carnaval – numa data diferente", comenta a presidente da Sebastiana.

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