O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um conjunto de medidas que ampliam o alcance e melhoram as condições de crédito para o setor agropecuário. O banco vai aumentar em R$ 4 bilhões a linha com taxa fixa em dólar para crédito rural, conforme havia antecipado o <i>Broadcast Agro</i> (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), e em R$ 2 bilhões para crédito de cooperativas.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que as medidas divulgadas reforçam o compromisso do banco de promover a inclusão financeira e oferecer melhores condições de financiamento ao agronegócio.
"Sob orientação do presidente Lula, essas iniciativas reforçam o apoio via cooperativas de crédito e ampliam recursos para a linha BNDES Crédito Rural com taxa fixa em dólar, estimulando a realização de investimentos e a competitividade no setor, especialmente junto a pequenos empresários e produtores rurais", disse em nota antes do início do evento, na sede do banco no Rio de Janeiro na manhã desta sexta-feira.
Além de aumentar o orçamento para as cooperativas, o Procapcred teve sua vigência estendida até 2025. O banco também aumentou o limite de financiamento, de R$ 30 mil para até R$ 100 mil por cliente, a cada dois anos, além de redução de taxas e alongamento de prazos, com foco especialmente em cooperados das Regiões Norte e Nordeste.
Nas operações com clientes dessas regiões, a remuneração básica do BNDES foi reduzida de 1,1% ao ano (a.a.) para 0,8% a.a., e o prazo máximo do financiamento passou a ser de até 15 anos. Para as demais regiões, o prazo limite foi estendido de 10 para 12 anos. A carência do programa, de até dois anos, permanece a mesma para todos os financiamentos.
Em outra iniciativa, o BNDES concluiu nesta semana uma captação de R$ 808 milhões em Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), por meio de oferta privada no mercado doméstico.
A emissão de LCAs foi a primeira realizada pelo banco desde 2016 e teve demanda quatro vezes superior ao valor ofertado