O trecho onde aconteceu a tragédia já registrou outros acidentes, com pelo menos cinco mortos, só no segundo semestre. A pista passa por reformas, com pavimentação de acostamento, melhorias de sinalização e recapeamento, mas não tem sinalização de solo, embora o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) informe que o trecho é bem sinalizado.
Em 8 de julho, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) vistoriou obras na SP-304. Acompanhado de políticos e prefeitos da região, entregou um trecho de 24 quilômetros e disse esperar que as reformas de outros cinco trechos, incluindo o local do acidente, ficassem prontas até o fim do ano. Na ocasião, o governador declarou que as obras, de R$ 210 milhões, seriam “vacina contra acidentes, trazendo mais segurança aos motoristas”.
No dia 9 de agosto, quatro pessoas morreram em dois acidentes no mesmo trecho da tragédia de segunda-feira, 27. Em um deles – exatamente no local do acidente com os estudantes -, um casal morreu e 27 passageiros de um ônibus interurbano ficaram feridos. O motorista do carro, Rivelino de Lima, e sua acompanhante, Tainá Aparecida Farrampa, morreram na hora. O veículo invadiu a pista contrária e bateu de frente em um ônibus da Viação Ibitinguense.
No mesmo dia, a seis quilômetros dali, o comerciante Carlos Alberto Ramos, de São Carlos, morreu depois que seu carro capotou ao passar pelo desnível causado pelas obras.
Velocidade
O delegado de Ibitinga, Carlos Alberto Ocon, diz que os motoristas não obedecem às placas de limite de velocidade de 60 km/h para o trecho em obras. “A maioria desses acidentes acontece por imprudência dos motoristas”, diz. No entanto, a falta de sinalização de solo também pode ter contribuído para o acidente ocorrido na noite de segunda.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.