Os aeroportuários de Guarulhos iniciaram o movimento grevista contra a privatização dos aeroportos e o setor de logística é o que apresenta maior adesão entre os funcionários. Além de Cumbica, os aeroportuários de Brasília e Campinas também estão em greve desde a zero hora desta quinta-feira, em protesto contra modelo de concessão que foi apresentado pelo Governo Federal.
Mesmo sem ter um número exato sobre os funcionários participantes da greve, o diretor do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), Marcelo Tavares, garante que a adesão da greve é satisfatória. "Uma grande parcela de trabalhadores estão paralisados e participando da mobilização contra a privatização". Tavares afirma que a princípio o movimento será de 48 horas, e que o sindicado está aberto para diálogo com o governo, que até o momento não sinalizou nenhuma proposta.
De acordo com um levantamento realizado pela Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), cerca de 30% dos funcionários do Aeroporto Internacional de Guarulhos aderiram ao movimento grevista. O setor de logística apresentou uma adesão de 80%, em que os trabalhadores paralisaram os serviços do terminal de cargas, que prejudicou o departamento de importação e exportação. Deste modo, as cargas perecíveis, como alimentos, vacinas e cargas vivas tiveram prioridade nas atividades logísticas.
A estatal também esclarece que um plano de contingência foi criado em Guarulhos para suprir o déficit de funcionários de todos os setores. Desta forma, o plano de ação atuou nas áreas de manutenção, operação, segurança e logística, para que a greve interferisse o mínimo possível no embarque e desembarque dos passageiros.