Economia

Lojas Marisa dá sinais de recuperação

Os resultados do terceiro trimestre de 2015 da varejista de moda Marisa mostraram sinais de recuperação, embora as expectativas do mercado tenham sido frustradas em meio a um cenário de vendas fracas. A rede reportou prejuízo líquido de R$ 27 milhões no período – perda 46,6% maior que a do mesmo período do ano passado. As ações caíram 1,47% na quarta-feira, 28.
No acumulado dos primeiros nove meses, a companhia teve prejuízo de R$ 52,5 milhões ante lucro de R$ 7,2 milhões entre janeiro e setembro de 2014.

“A reestruturação continua mostrando sinais positivos, mas a deterioração em curso do ambiente econômico segue ameaçando o passo de recuperação da empresa”, avaliou em relatório Marcel Moraes, do Deutsche Bank. “O ambiente desfavorável impede uma melhoria substancial dos resultados, razão pela qual nos mantemos neutros (em relação à empresa)”, acrescentou.

O Credit Suisse também considerou que o foco da companhia em controle de custos e despesas e na geração de caixa está gerando frutos. “Gestão mais eficiente de estoque e controle de despesas resultaram em melhores margem de Ebitda no varejo”, comentaram os analistas Tobias Stingelin, Giovana Oliveira e Antonio Gonzalez.

A margem bruta no varejo subiu 2,5 pontos porcentuais em relação ao terceiro trimestre de 2014, ficando em 44,8%. As despesas com vendas caíram 4,2%, alcançando R$ 210,5 milhões. A variação, segundo a empresa, reflete a busca por eficiência e esforços para adequar gastos.

O BTG Pactual deu destaque ainda aos resultados de produtos financeiros da companhia. Os analistas Fabio Monteiro e Thiago Andrade avaliaram que o maior custo de captação afetou a companhia, mas houve redução nas perdas com a operação de cartões próprios.

Durante a teleconferência, analistas questionaram a direção da empresa sobre o aumento no preço médio dos produtos mesmo diante de um cenário de retração nas vendas. As vendas em unidades abertas há mais de um ano caíram 2,4% no terceiro trimestre. A Marisa informou que houve aumento do preço médio dos produtos da ordem de 6,2%, porém o resultado de vendas foi afetado por uma redução de volume de 8,6%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Posso ajudar?