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Lolla: melhor atração, Chance, The Rapper mostra força da nova safra do hip-hop

Nenhuma escolha deste line-up do Lollapalooza Brasil foi mais certeira do que a de Chance, The Rapper. Um dos nomes mais representativos da nova geração do hip-hop, o músico nascido em Chicago, Ilinois, nos Estados Unidos, fez, no início da noite desta sexta-feira, 23, um show intenso no Autódromo de Interlagos.

Com uma pegada que transporta o hip-hop para o gospel e os vocais de igreja, Chancelor Jonathan Bennette, de 24 anos, é o símbolo da força do rap nos Estados Unidos, onde o gênero já superou o rock. Dono de um dos trabalhos mais interessantes dos últimos anos, o elogiado Coloring Book (2016), Chance, The Rapper canta sobre as mazelas do mundo de forma menos densa, sem deixar de lado a rigidez do hip-hop.

Queridinho de Kayne West e dono de sete estatuetas do Grammy, Chance é da leva simplória. Trajando uma camiseta branca e seu tradicional boné com o número 3 estampado, promove uma sequência arrebatadora de músicas dançantes e originais. Os metais e os backing vocals da performance dão ainda mais qualidade a Chance, que mostra um talento vocal arrebatador.

A escolha de Chance, The Rapper para a escalação do Lollapalooza mostra que a organização do festival, apesar de apostar em tradicionais medalhões do rock, está ligada na força do rap e, consequentemente, em seus nomes mais talentosos.

Chance, The Rapper faz uma música jovem, atual e contestadora. Sabe, com perfeição, usar seus recursos vocais. A musicalidade do rapper dialoga com tudo aquilo que está engasgado nas gargantas dos jovens.

Em uma noite em que os Red Hot Chilli Peppers pareciam os donos do pedaço, quem roubou mesmo a cena e o palco principal foi Chance, The Rapper. Showzão. O melhor, talvez, visto até aqui nesta edição do Lollapalooza Brasil.

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