A oitava edição do Lollapalooza Brasil começa nesta sexta-feira, 5, no Autódromo de Interlagos em São Paulo, jogando com uma fórmula já testada e aprovada pelos fãs embaixo do braço: bandas grandes com público cativo, como Arctic Monkeys (hoje) e Kings of Leon (sábado), inúmeros atos de tamanho médio com sonoridades eletrônicas e um par de surpresas boas. A façanha de trazer Kendrick Lamar não é pouca coisa. O artista californiano foi o primeiro autor de música popular a ganhar um prêmio Pulitzer (em 2018, pelo álbum DAMN., do qual ele tira 9 das 18 faixas de sua turnê pela América do Sul até aqui). Desde 2012, quando lançou Good Kid, M.A.A.D City, Lamar é reconhecido por fãs e crítica como o maior rapper de sua geração – a geração que viu, afinal, o hip hop se tornar o estilo de música mais ouvido no mercado americano. Ele finalmente pisa no Brasil agora, no domingo, pela primeira vez.
Ainda há ingressos para todos os dias do festival. O Lolla Pass (entrada do três dias) custa R$1,8 mil (meia entrada: R$900) e o Lolla Day sai por R$800 (meia: R$400). Para quem não puder ir ao festival, o Multishow e o canal Bis transmitem o evento, diariamente, a partir das 14h (e também por streaming).
São 4 palcos, 600 mil metros quadrados e 72 atrações, 32 delas nacionais. São nomes de destaque no cenário independente, como Letrux, BK, Rashid, Silva, Liniker, mas também algumas apostas, entre elas, a banda da cantora e compositora Brvnks e o grupo Catavento. Pela primeira vez, um grupo brasileiro ganha status de headliner: os Tribalistas sobem ao palco principal do evento nesta sexta-feira, 5, depois de lotar estádios por todo o Brasil.
Se a fórmula existe, porém, é possível notar um pequeno desvio. Depois de ter investido por dois anos seguidos em “monstros” de festivais de rock, como Metallica, Red Hot Chili Peppers e Pearl Jam, o Lollapalooza Brasil deste ano não tem nenhum nome assim, e pelo menos 34 atrações se encaixam em padrões de pop e eletrônica. Além das já citadas Arctic Monkeys e Kings of Leon, e o Interpol, representantes de um indie rock forte dos anos 2000, outras poucas se encaixariam com facilidade na definição do rock and roll: Lenny Kravitz, Greta Van Fleet, Foals, Bring Me The Horizon e The Struts. E só. Restavam poucas dúvidas, mas em 2019 o Lollapalooza parece que resolveu abraçar seu destino de ser (muito) jovem.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.