Estadão

Lucas Moura não renova contrato e deixará o Tottenham no fim da temporada

O Tottenham anunciou nesta quinta-feira que o atacante Lucas Moura não terá o contrato renovado e deixará o clube ao fim da temporada europeia, em junho. Em vídeo publicado nas redes sociais do clube londrino, o brasileiro de 30 anos aparece se despedindo da torcida, bastante emocionado, a ponto de ter que conter as lágrimas.

"Gostaria de dizer várias coisas aos torcedores dos Spurs, mas…", disse Lucas, interrompendo a fala em meio ao choro. "É um momento de emoção. É difícil falar, porque estive aqui por um longo tempo e aproveitei muito essa aventura. Vivi bons momentos, fiz muitos amigos. Sou abençoado e muito grato a Deus, pois fui feliz aqui", afirmou.

Revelado pelo São Paulo, clube que defendeu profissionalmente de 2010 a 2012, Lucas teve sua primeira experiência europeia no Paris Saint-Germain antes de se transferir para o Tottenham em 2018. Com a camisa do time inglês, viveu o momento que considera o mais importante de sua carreira: a vitória por 3 a 2 sobre o Ajax no jogo 2 das semifinais da Liga dos Campeões de 2018/2019. Na ocasião, marcou os três gols, o último deles nos acréscimos, para sacramentar classificação histórica à final. Em seguida, acabou perdendo o título para o Liverpool.

"O jogo contra o Ajax foi o melhor momento da minha carreira, foi uma noite inacreditável. Eu me lembro quando eu era criança e eu jogava futebol na rua, meu sonho era jogar na Liga dos Campeões. Foi indescritível, três gols, semifinal. O último gol no último segundo, não sei como expressar. Estará no meu coração para sempre, vou mostrar os vídeos para os meus filhos no futuro. Ninguém vai tirar isso de mim, os Spurs estão no meu coração", disse.

O fato de Lucas estar sem clube gera esperança nos são-paulinos, que sonham em vê-lo novamente com a camisa tricolor, mas é improvável que ele volte a jogar no Brasil no momento. Em entrevista à ESPN nesta quinta-feira, o atacante disse que pretende continuar na Europa pois prioriza a "qualidade de vida" de sua família .

"Com 30 anos e livre no mercado, tenho a oportunidade de fazer um bom contrato. O Brasil não é um planejamento para agora, até porque estou muito novo ainda, com 30 anos tenho bastante lenha para queimar. Ficar no Brasil agora fica difícil. Se fosse pela emoção, o Brasil seria a primeira opção, mas a gente tem que ser frio para tomar a melhor decisão", afirmou.

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