As entradas e saídas de Guarulhos deixaram de ser monitoradas pela Prefeitura há aproximadamente um mês, quando 98 câmeras chamadas de OCR, que apenas faziam leituras de placas, foram desativadas. Os equipamentos faziam parte do programa Muralha GRU, instituído na gestão do ex-prefeito Guti para a fiscalização de veículos, que entravam ou saíam do município.
As OCRs (Optical Character Recognitio) são radares inteligentes que, em tempo real, fazem a leitura das placas e o cruzamento dos dados com os da Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Segundo o GWEB apurou, o contrato dessas câmeras era vinculado à Secretaria de Transportes e Mobilidade Urbana, a partir de recursos do Fundo Municipal de Trânsito. No entanto, o contrato foi descontinuado para ser transferido para a Secretaria Municipal de Segurança Pública, mas até o momento uma nova licitação não teria sido realizada.
As câmeras do Muralha GRU estavam instaladas em todas entradas e saídas de Guarulhos e tinham importante papel para fiscalizar veículos furtados ou roubados ou envolvidos em infrações e até mesmo crimes. No ano passado, o sistema foi utilizado nas investigações do crime contra o delator do PCC, Vinicius Lopes Gritzbach, executado a tiros no Aeroporto de Guarulhos, em 8 de novembro de 2024.
Na ocasião, o Muralha GRU ajudou nas investigações ao mostrar os autores dos tiros fugindo do Aeroporto e ingressando em Guarulhos, além de abandonar o carro e armas próximo ao Cecap.
Sem o monitoramento, hoje as entradas e saídas de Guarulhos não contam com qualquer sistema de segurança.
O GWEB questionou a Prefeitura de Guarulhos sobre os motivos que levaram à retirada das câmeras de segurança pela gestão de Lucas Sanches. Mas mais uma vez nenhuma resposta foi dada.
