Estadão

Lucro da Bunge cai 88,75% no 2º tri, para US$ 70 milhões

A norte-americana Bunge registrou lucro líquido de US$ 70 milhões (US$ 0,48 por ação) no segundo trimestre de 2024, recuo de 88,75% ante o resultado de US$ 622 milhões (US$ 4,09 por ação) em igual período de 2023. Analistas consultados pela FactSet esperavam lucro de U$ 1,78 por ação.

Em termos ajustados, o lucro por ação foi de US$ 1,73, ante US$ 3,72 obtidos em igual intervalo do ano anterior. A expectativa de analistas era de lucro ajustado de US$ 1,83 por ação.

O lucro antes de juros e impostos (Ebit) apresentou queda de 79,7% no intervalo avaliado, a US$ 185 milhões, ante US$ 912 milhões em igual período do ano anterior.

Já a receita recuou 12% no comparativo anual, de US$ 15,05 bilhões para US$ 13,24 bilhões. O resultado ficou abaixo do esperado por analistas consultados pela FactSet, de U$ 14,30 bilhões.

A Bunge disse que a queda está relacionada aos menores resultados do agronegócio, refletindo um ambiente de oferta global mais equilibrado e fortes comparativos em relação ao ano anterior no segmento de óleos refinados e especiais.

"As condições atuais do mercado melhoraram em algumas regiões, mas continuamos a ter visibilidade limitada na última parte do ano", disse o presidente-executivo Greg Heckman.

O segmento de Agronegócio foi responsável pelo montante de US$ 9,657 bilhões no segundo trimestre do ano, 11,2% abaixo do valor de igual período do ano anterior.

As vendas da Divisão de Óleos Especiais e Refinados caíram 13,3%, de US$ 3,60 bilhões no segundo trimestre de 2023 para US$ 3,12 bilhões no segundo trimestre deste ano. Segundo nota da companhia, resultados mais altos na Ásia foram mais do que compensados por resultados mais baixos na América do Norte, América do Sul e Europa.

Para todo o ano de 2024, a Bunge disse que espera um lucro por ação ajustado de US$ 9,25, ante previsão anterior de US$ 9,00. Na parte de Agronegócio, os resultados estão previstos para estar em linha com a projeção anterior, "refletindo resultados mais altos em Processamento, compensados em grande parte por resultados mais baixos no comércio", afirmou a empresa.

Já em Óleos Refinados e Especiais, os resultados para o ano inteiro são esperados para ficar acima da perspectiva anterior, "devido ao segundo trimestre melhor do que o esperado, mas abaixo do desempenho recorde do ano passado", segundo a companhia.

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