A fabricante norte-americana de máquinas CNH Industrial, dona de marcas como Case e New Holland, registrou lucro líquido de US$ 438 milhões, ou US$ 0,34 por ação, no segundo trimestre deste ano, informou a empresa nesta quarta-feira, 31. O resultado representa recuo de 38% na comparação com igual período do ano passado, quando a companhia obteve lucro líquido de US$ 710 milhões, ou US$ 0,52 por ação.
O lucro por ação ajustado ficou em US$ 0,38. A receita perdeu 16% em relação ao segundo trimestre de 2023, de US$ 6,567 bilhões para US$ 5,488 bilhões.
As vendas de equipamentos agrícolas da CNH caíram 20% no trimestre, de US$ 4,890 bilhões para US$ 3,913 bilhões. O Ebit (lucro antes de juros e impostos) ajustado do segmento ficou em US$ 536 milhões, recuo ante os US$ 821 milhões obtidos em igual intervalo do ano anterior.
O desempenho foi atribuído à menor quantidade de embarques em função da diminuição da demanda no setor e dos requisitos de estoque dos concessionários em todas as regiões, parcialmente compensado pela realização de preços favorável, segundo a empresa.
Na América do Norte, o volume da indústria caiu 11% ano a ano no segundo trimestre para tratores com menos de 140 HP, enquanto subiu 2% para tratores acima de 140 HP; por colheitadeiras, recuou 5% em relação ao ano anterior.
Na Europa, Oriente Médio e África (EMEA), a demanda de tratores e colheitadeiras caiu 10% e 36%, respectivamente. A demanda por tratores na América do Sul cedeu 10% e a demanda por colheitadeiras caiu 26%. Já a demanda de tratores na Ásia-Pacífico ganhou 14% e a de colheitadeiras subiu 4%.
Para o restante de 2024, a empresa disse que prevê que vendas globais no varejo continuarão mais fracas tanto nos mercados de equipamentos agrícolas quanto de construção no segundo semestre de 2024.
A CNH afirmou que espera queda nas vendas entre 15% e 20% em relação ao ano anterior, incluindo efeitos de tradução cambial (anteriormente entre 11% e 15% de queda). O fluxo de caixa das atividades industriais foi estimado entre US$ 700 milhões e US$ 900 milhões. A margem Ebit ajustada do segmento Agricultura deve ficar entre 13% e 14% (ante 13,5% e 14,5% anteriormente).