O Bradesco abriu nesta quinta-feira, 29 a temporada de resultados dos grandes bancos ao anunciar lucro líquido contábil de R$ 4,120 bilhões no terceiro trimestre deste ano, cifra 6,3% maior que a registrada em idêntico período do ano passado, de R$ 3,875 bilhões. Em relação aos três meses imediatamente anteriores, quando o resultado foi de R$ 4,473 bilhões, porém, houve retração de 7,9%.
A carteira de crédito expandida do Bradesco, que considera avais e fianças, fechou setembro em R$ 474,488 bilhões, elevação de 2,4% na comparação com junho, quando estava em R$ 463,406 bilhões. No comparativo anual, quando os empréstimos totalizaram R$ 444,195 bilhões, a expansão ficou em 6,8%.
O crescimento do crédito durante os meses de julho e setembro foi impulsionado, conforme relatório que acompanha as demonstrações financeiras do banco, pela pessoa jurídica que atingiu R$ 329,253 bilhões no terceiro trimestre, com avanço de 2,9% ante o trimestre anterior e aumento de 7,5% em um ano. A pessoa física totalizou saldo de R$ 145,234 bilhões, leve aumento de 1,2% antes os três meses anteriores. Na comparação anual, cresceu 5,2%.
O Bradesco encerrou setembro com R$ 1,051 trilhão de ativos, montante 6,4% superior ao visto em 12 meses, de R$ 987,364 bilhões. No comparativo com junho, quando estava em R$ 1,029 trilhão, houve avanço de 2,1%.
O patrimônio líquido do banco alcançou R$ 86,233 bilhões no terceiro trimestre, elevação de 8,8% em 12 meses, quando estava em R$ 79,242 bilhões. Já na comparação com o segundo trimestre deste ano, quando somou R$ 86,972 bilhões, foi visto declínio de 0,8%. O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROE) diminuiu 0,7 ponto porcentual de junho para setembro, alcançando 21,2%. Em um ano, subiu 0,8 p.p.
Lucro ajustado
O Bradesco também informou lucro líquido ajustado de R$ 4,533 bilhões de julho a setembro, expansão de 14,8% em 12 meses, quando ficou em R$ 3,950 bilhões. Em relação aos três meses imediatamente anteriores, foi identificado incremento de 0,6%.
A diferença entre o resultado líquido contábil e o ajustado no terceiro trimestre se deve à contabilização de despesa por crédito tributário de R$ 2,341 bilhões e ainda R$ 2,222 bilhões em provisões para devedores duvidosos (PDDs) fora passivos contingentes e outros.
Esses montantes já eram esperados uma vez que passou a vigorar em setembro nova alíquota da Contribuição Social Sobre Lucro Líquido (CSLL) que passou de 15% para 20%. Além de gerar despesa para as instituições, também proporcionará no terceiro trimestre receita não recorrente do período em que ficará vigente, até 2018. No caso do Bradesco, esse ganho foi usado para reforçar as provisões como era previsto por analistas.
O Bradesco comenta seus números do terceiro trimestre hoje, às 11h30, com a imprensa, e nesta sexta-feira (30) com analistas e investidores, às 9 horas em português e às 11 horas em inglês.