O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou nesta terça-feira, 23, a gestão do Brasil depois do impeachment de Dilma Rousseff à destruição causada pelas forças israelenses na Faixa de Gaza. Ele deu a declaração em cerimônia de comemoração dos 10 anos do campus Lagoa do Sino, da UFSCar. A unidade fica na cidade de Buri, no interior de São Paulo.
Lula criticava a descontinuidade ou redução de programas criados em seus primeiros governos pelos últimos presidentes antes de sua volta ao Planalto, quando disse: "Esse País, eu diria, o que eles fizeram depois do impeachment da Dilma é o que o Netanyahu está fazendo na Faixa de Gaza lá na Palestina. O que eles fizeram nesse país foi um pouco isso". O petista evitou citar nominalmente os ex-presidentes Michel Temer e Jair Bolsonaro, que sucederam Dilma na presidência.
Em seguida, o presidente retomou os ataques ao governo de Benjamin Netanyahu. "Todo final de semana agora, final de semana morreu mais 70 na Faixa de Gaza. Semana passada morreu mais 90. Quem é que tá morrendo? É soldado? Não. É terrorista? Não. Quem está morrendo? São mulheres e crianças que são vítimas dos ataques todo santo dia de um governo que já foi condenado pelo tribunal internacional", disse o petista.
"O mesmo tribunal que condenou o Putin pela guerra na Ucrânia condenou Israel porque está fazendo isso com a Faixa de Gaza. E não é o povo de Israel, porque o povo de Israel também não quer guerra. O povo de Israel quer paz. O governo de Netanyahu que é irresponsável e não tem sequer respeito pelas decisões da ONU", declarou o presidente brasileiro.