O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta terça-feira, 26, que o Brasil deverá se tornar "quase que autossuficiente" em produtos de que precisa na área da saúde. A declaração ocorreu durante transmissão semanal ao vivo nas redes sociais, a <i>Conversa com o Presidente</i>, no período da manhã.
Na fala, Lula citou o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, que ainda está sob reavaliação de ambos os blocos.
Conforme defendeu o presidente, o Brasil não abrirá mão das compras governamentais. "São através delas que a gente pode fazer pequenas e médias pequenas crescer", disse ele. "Se nos permitirmos comprar produtos no exterior que a gente pode fabricar aqui no Brasil, significa que vamos matar a possibilidade de o Brasil ter uma indústria na área da saúde", declarou. "Que a gente possa, daqui três anos, quatro anos, ter uma indústria da saúde competitiva com qualquer empresa de saúde do mundo", comentou.
Segundo o presidente, com a iniciativa que será lançada nesta terça, "o Brasil virará quase que autossuficiente em todos os produtos que ele precisa na área da saúde". "Alguns não, porque a gente não tem tecnologia nem conhecimento, mas a gente vai aprender", ponderou.
Os ministros da Educação, Camilo Santana, e da Saúde, Nísia Trindade, participaram da transmissão junto com Lula.
Nesta terça, o presidente ainda anunciaria, depois do fechamento deste texto, duas ações ligadas às duas pastas. Pela manhã, no Palácio do Planalto, estaria ainda em cerimônia de lançamento da Nova Estratégia para o Complexo Econômico-Industrial da Saúde. À tarde, estava previsto também o lançamento da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas. "Vamos conectar 138.400 escolas nesse país; até 2026, vamos deixar toda nossa meninada conectada com Wi-Fi e o que for necessário", disse Lula.