O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a admitir a possibilidade de disputar a reeleição presidencial em 2026 para evitar que "negacionistas" voltem ao poder. O chefe do Executivo disse que fará um esforço "incomensurável" para não deixar o negacionismo retomar a presidência.
"Se chegar na hora de decidir e eu perceber que negacionistas que destruíram esse país, que passaram a ideia para a sociedade de que o que vai melhorar esse país é vender água para o povo, fazer escola cívico-militar, mentir na internet, mentir sobre religião, sinceramente, vou fazer um esforço incomensurável para não deixar um negacionista voltar a presidir esse país", disse o petista em entrevista nesta quinta-feira, 20, à <i>Rádio Verdinha</i>, do Ceará.
Apesar de reconhecer a possibilidade, Lula negou que tenha se lançado candidato. Em sua avaliação, não é possível discutir sua candidatura em 2026 neste momento.
Uma das principais questões sobre sua candidatura diz respeito à saúde do petista. Na próxima disputa presidencial, Lula terá 80 anos. O presidente, contudo, diz que se considera "jovem" aos 78 anos. "Tenho conversado com Deus e pedido a ele que quero viver até os 120 anos", comentou.
O chefe do Executivo evitou citar um nome que possa ser uma alternativa a ele em 2026. Em sua avaliação, se insinuar um nome, pode começar uma "briga interna" no governo. O petista comentou que todos seus ministros estão "preparados" para a função por terem grande experiência na política, mas destacou que a escolha deve medir o potencial dos adversários na disputa.
"Se pegar a qualidade dos ministros que eu tenho, tem ministros extraordinários, quase todos com muita experiência em prefeitura, secretariado, ministério, governo", avaliou. "Qualquer um deles está preparado. Mas quando você vai definir a escolha de uma candidatura, você vai medir também o potencial dos adversários e ver qual tem mais chance."