O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse achar "desnecessária" a guerra entre Ucrânia e Rússia, uma vez que, em sua avaliação, uma mesa de negociação teria resolvido o conflito. Ao defender a renovação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), Lula disse que não participará da guerra enquanto não houver uma "brecha" para a paz.
"Sou contra a guerra. Essa guerra foi desnecessária, poderia ser resolvida numa mesa de negociação", disse o petista nesta segunda-feira, 1º, em entrevista à <i>Rádio Princesa</i>, de Feira de Santana, na Bahia.
Lula avaliou que tal conflito poderia ter sido evitado caso houvesse uma atuação mais forte do Conselho de Segurança. "É preciso colocar mais países, mais representatividade da África, América Latina", defendeu. Segundo ele, países como Índia, Alemanha e Japão precisam entrar para o grupo "para que a gente tenha um Conselho de Segurança com força política para tomar decisões e evitar guerras".
O órgão da ONU foi criado após a 2ª Guerra para mediar e resolver conflitos internacionais. O grupo é formado por cinco membros permanentes, China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos, que possuem poder de veto em todas as resoluções.
O presidente comentou já ter enviado o assessor especial para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, à Ucrânia e à Rússia para conversar com os respectivos chefes de Estado sobre uma "brecha" para discutir um acordo no conflito. "Quando tiver essa brecha, o Lulinha entra para ajudar a resolver. Mas participar da guerra, não participarei", disse.