O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a falar sobre o conflito entre Israel e Hamas, no Oriente Médio. Na manhã desta sexta-feira, 27, durante café com jornalistas, Lula reforçou a posição de neutralidade brasileira e voltou a dizer que o País segue o Conselho de Segurança das Nações Unidas e que, dessa forma, não classifica o Hamas como um grupo terrorista. O presidente também reclamou das regras do Conselho que garantem poder de veto aos cinco países permanentes do órgão.
Na semana passada, a proposta brasileira de cessar-fogo na região recebeu 12 votos favoráveis no Conselho de Segurança da ONU, mas, vetada pelos Estados Unidos, acabou rejeitada. "Ela foi vetada por causa de uma loucura que é o poder de veto concedido aos cinco países titulares do Conselho, que eu sou totalmente, radicalmente contra", disse o presidente, durante o café com jornalistas.
"Eu vi uma manchete aqui no jornal dizendo: a proposta do Brasil foi rejeitada. Não é verdade, é mentira. Não foi rejeitada. Tinha 15 votos em jogo, ela teve doze, duas abstenções e um contra. Como ela pode ter sido rejeitada? Ela foi vetada por causa de uma loucura", disse o presidente. "Isso não é democrático", pontuou.
Para lidar com a questão, Lula defendeu a reforma no colegiado, com a entrada de países como o Brasil, Argentina, México, Egito, Índia, Nigéria e outros como membros permanentes.
<b>Terrorismo</b>
Lula fez questão de ressaltar que o Brasil classificou como terrorista o ataque do Hamas a Israel. "Nós dissemos isso em alto e bom som. Não é, não é possível fazer um ataque, matar inocente, sequestrar gente, da forma que eles fizeram, sem medir as consequências que acontecem depois", disse o presidente.