Após reunião com o presidente eleito da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, afirmou que o petista expressou na reunião que o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) não será um vice decorativo, mas um vice atuante.
"Alckmin foi importante e ele reconhece isso, não só durante a campanha, mas no governo", declarou o dirigente após o encontro. "Alckmin pode ajudar em várias áreas, na área administrativa, política, contato com setores importantes da sociedade brasileira", acrescentou.
De acordo com Siqueira, a reunião foi uma "discussão geral", sem debater a montagem do governo. "Ele agradeceu o papel do PSB durante toda a campanha", relatou.
Pelo lado do governo eleito, participaram da reunião Lula, Alckmin, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e o vice-presidente da sigla José Guimarães. Pelo PSB, Siqueira, o líder do partido na Câmara, Bira do Pindaré, prefeito de Recife, João Campos, o governador reeleito do Espírito Santo Renato Casagrande e outras lideranças.
A montagem do governo deve ficar para semana que vem, afirmou Siqueira, após, portanto, a diplomação de Lula e Alckmin. "O presidente não aceitou convite para ir aos Estados Unidos porque precisa montar governo semana que vem", disse o aliado.
Na segunda-feira, o ex-chanceler Celso Amorim, assessor de Lula para relações internacionais, sinalizou que o encontro do presidente eleito com o líder da Casa Branca, Joe Biden, em Washington, seria adiada deste ano para janeiro.
Siqueira ressaltou ainda que, se dependesse do PSB, a Proposta de Emenda à Constituição (PSB) da transição seria encaminhada da forma que foi protocolada pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI) em acordo com o governo eleito. O relator da PEC no Senado, Alexandre Silveira (PSD-MG), apresentou seu parecer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.