O presidente empossado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta domingo, 1º, que a frente ampla formada em prol de sua candidatura se consolidou para "impedir o retorno do autoritarismo" ao Brasil. No primeiro discurso à Nação após ser empossado no Congresso Nacional como 39º presidente da República do Brasil, o petista falou em "negação da política" e destruição do Estado em nome de "supostas liberdades individuais".
"A liberdade que sempre defendemos é a de viver com dignidade, com pleno direito de expressão, manifestação e organização. A liberdade que eles pregam é a de oprimir o vulnerável, massacrar o oponente e impor a lei do mais forte acima das leis. O nome disso é barbárie", afirmou.
<b>Política de cotas</b>
O presidente empossado também disse que irá ampliar a política de cotas das universidades e no serviço público. No primeiro discurso como o 39º presidente da República, o petista, que irá recriar o Ministério da Promoção da Igualdade Racional, afirmou não ser admissível que negros e pardos continuem sendo a "maioria pobre e oprimida". "Criamos o Ministério da Promoção da Igualdade Racial para ampliar a política de cotas, além de retomar as políticas voltadas para o povo negro e pardo na saúde, educação e cultura", disse em cerimônia no Congresso Nacional.
Lula afirmou que, a partir da refundação do Ministério das Mulheres, o governo irá "demolir este castelo secular de desigualdade e preconceito". "É inadmissível que as mulheres recebam menos que os homens, realizando a mesma função. Que não sejam reconhecidas em um mundo político machista. Que sejam assediadas impunemente nas ruas e no trabalho. Que sejam vítimas da violência dentro e fora de casa", afirmou o petista, para quem a "alma do Brasil" reside na diversidade da população.