Estadão

Lula, Janja e ministros sambam com grupo de música africana em Angola

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, sambaram ao som de ritmos tradicionais africanos neste sábado, dia 26, no último dia da visita de Estado a Angola. Eles assistiram à apresentação do grupo musical angolano Nguami Maka, que tocou com instrumentos de percussão no teatro do Instituto Guimarães Rosa, braço cultural mantido pelo Itamaraty em Luanda.

Os ministros Silvio Almeida (Direitos Humanos) e Anielle Franco (Igualdade Racial) eram os mais empolgados com a música. Nísia Trindade (Saúde) e Mauro Vieira (Relações Exteriores) subiram ao palco e se mantiveram mais discretos.

Convivendo com dores no quadril, Lula não arriscou muitos movimentos na dança. Janja ainda incentivou Lula a tocar um dos instrumentos, mas o presidente não se aventurou.

A apresentação fez parte dos compromissos de promoção e intercâmbio cultural do governo brasileiro. O instituto, antes conhecido como Centro Cultural Brasil-Angola, é uma das referências no setor em Luanda. Trata-se de um prédio histórico dos anos 1920, localizado na Baixa de Luanda. Ele foi cedido ao Brasil em acordo que cedeu ao país africano a Casa de Angola, na Baixa do Sapateiro, em Salvador.

Lula inaugurou uma galeria em homenagem ao diplomata Ovídio de Andrade Melo. Ele era o representante do Brasil em Angola quando convenceu o governo militar a reconhecer, em 1975, a independência do país. Até hoje o Brasil é reconhecido pelos angolanos como o primeiro país a ter reconhecido a independência do país. Mas, segundo testemunhou, acabou sendo "punido" no Itamaraty, deslocado para postos diplomáticos de menor relevância.

"Esse grande diplomata e humanista brasileiro destacou-se pela coragem. Mesmo sob circunstâncias políticas adversas no Brasil, apoiou a luta do povo angolano por sua independência", disse Lula.

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