O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou a morte do policial federal Lucas Caribé Monteiro de Almeida, que foi atingido por disparos nesta sexta-feira, 15, durante operação de combate ao crime organizado em Salvador. Quatro homens morreram na ação e outros dois ficaram feridos.
O agente integrou a equipe de segurança de Lula quando o presidente viajava à Bahia durante a campanha eleitoral no ano passado, ainda como candidato. Após as eleições, Lucas Caribé continuou sendo designado pela Polícia Federal a fazer a proteção do petista durante os compromissos de Lula em território baiano.
"Recebi com profunda tristeza e indignação a morte do agente da Polícia Federal Lucas Caribé Monteiro de Almeida, durante operação de combate ao crime organizado, hoje, em Salvador", escreveu Lula em suas redes sociais n noite desta sexta.
"Lucas fez parte da equipe designada pela PF para a minha segurança na Bahia, durante a campanha eleitoral e também agora, na Presidência. Cumpriu sua missão com exemplar profissionalismo", continuou o presidente.
O petista ainda desejou conforto aos amigos e familiares do policial. "Ele estava há dez anos na PF, atuando no enfrentamento do narcotráfico e do tráfico de armas, entre outras operações de alta periculosidade".
Lucas Monteiro Caribé foi atingido por disparos em uma região de mata fechada, no bairro Valéria. Ele foi encaminhado ao Hospital Geral do Estado, mas não resistiu. O agente era policial federal desde 2013. Ele iniciou na corporação no Pará, mas se transferiu para a Bahia em 2019. Atualmente estava lotado no Grupo de Pronta Intervenção (GPI).
Em nota, a PF lamentou a morte do agente, prestou condolências a familiares e amigos e informou que o diretor-geral substituto da corporação, Gustavo Paulo Leite de Souza, decretou luto oficial de três dias.
A operação é realizada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), que começou a atuar no mês passado para tentar coibir organizações criminosas que se instalaram na Bahia, principalmente ligadas ao tráfico ou à milícia. A Bahia vive uma crise na segurança pública e tem sofrido com altos índices de violência urbana e letalidade policial nos últimos anos.
Na quinta-feira, a Coluna do Estadão mostrou que o presidente foi alertado de que o governo perdeu o debate da segurança pública – e muito em função dos resultados apresentados na Bahia, cujo atual ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, foi governador entre 2015 e 2022.