Estadão

Lula lamenta morte e diz que Amazonino Mendes tinha gosto e vocação política

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou neste domingo, 12, a morte do ex-governador Amazonino Mendes. Lula prestou solidariedade à família do político que governou o Amazonas e disse que ele tinha "gosto e vocação política". O presidente também lembrou que Amazonino o apoiou no segundo turno da eleição de 2022, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

"Amazonino Mendes tinha gosto e vocação política, governando o estado do Amazonas quatro vezes, representando-o no Senado, e sendo também prefeito três vezes de Manaus", escreveu Lula, no Twitter.
"Tenho orgulho e fiquei muito agradecido quando recebi seu apoio no segundo turno de 2022, em um vídeo onde defendia uma visão moderna de desenvolvimento para a Região Norte do Brasil", emendou o presidente.

Ao prestar solidariedade à família do político amazonense, Lula disse que ele se dedicou à vida pública até o fim e seguirá sendo sinônimo do Estado que governou.

<b>Outros políticos também lamentam morte</b>

O vice-presidente Geraldo Alckmin disse, também nas redes sociais, que recebeu com "profundo pesar" a morte do ex-governador. "Ao longo de sua vida pública, Amazonino foi um grande defensor do povo amazonense, em todos os cargos que exerceu, tanto no Legislativo como no Executivo", escreveu.

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) disse que o País perde um "relevante homem público" com a morte do político amazonense. "O nome de batismo já indicava sua predestinação para se tornar um dos filhos mais ilustres do Amazonas ao ocupar, por mais de uma vez, o cargo de governador, além de ter sido senador e prefeito de Manaus", afirmou o senador, no Twitter.

Senador pelo Amazonas, Eduardo Braga (MDB) disse que o Estado "amanheceu mais triste" neste domingo. "Amazonino, que fez muitas obras, que marcou a vida das pessoas com carinho, atenção e, acima de tudo, por uma mudança no comportamento na vida pública dos amazonenses", escreveu o parlamentar, nas redes sociais.

<b>Trajetória</b>

Amazonino morreu neste domingo, aos 83 anos. O político filiado ao Cidadania estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, desde 25 de dezembro com inflamação no intestino grosso e pneumonia. O prefeito de Manaus (AM), Daniel Almeida, decretou luto na capital do Estado por cinco dias.

"Foi uma vida vitoriosa dedicada com muito amor à família e ao povo do Amazonas. Amazonino deixa um legado incomparável, como homem e político. Lutou bravamente como poucos, mas agora descansa em paz!", diz nota divulgada pela família do ex-governador.

Nascido em Eirunepé (AM), Amazonino governou o Amazonas em três períodos diferentes. A primeira vez foi de 1987 a 1990. Depois, de 1995 a 2003. A passagem mais recente pelo Palácio Rio Negro foi de 2017 a 2019, após uma eleição suplementar realizada devido à cassação da chapa vitoriosa em 2014. Ele também foi prefeito de Manaus e senador pelo Estado.

No ano passado, concorreu novamente ao governo do Estado, mas ficou em terceiro lugar. Quem venceu a disputa foi o governador Wilson Lima (União Brasil), que se reelegeu ao derrotar Eduardo Braga no segundo turno.

"Após lutar pela vida nos últimos dias, agora descansa em paz. E, fica o seu legado, construído ao longo de quatro décadas dedicadas à vida pública. Neste momento de dor, que Deus, na sua infinita misericórdia, conforte o coração de todos amigos e familiares", diz nota divulgada por Daniel Almeida, ao anunciar o luto de cinco dias na cidade.

Presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire prestou solidariedade à família de Amazonino. "O Cidadania e eu, em meu nome pessoal, expresso o sentimento de perda pelo falecimento do líder Amazonino Mendes que marcou indelevelmente a história política do Amazonas e nacional Nossa solidariedade na dor dos familiares, amigos e ao povo do Amazonas. Amazonino vive!", escreveu, no Twitter.

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