Em discurso após ser empossado pelo Congresso Nacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sem citar adversários como o agora ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou que governará sem nenhum ânimo de revanche, mas garantirá a aplicação da lei a quem cometeu erros contra a Nação.
"Não carregamos nenhum ânimo de revanche contra os que tentaram subjugar a Nação a seus desígnios pessoais e ideológicos, mas vamos garantir o primado da lei. Quem errou responderá por seus erros, com direito amplo de defesa, dentro do devido processo legal", disse Lula.
Em seu governo, o petista afirmou que usará a Constituição para responder aos ataques de adversários inspirados no fascismo. "Ao ódio, responderemos com amor. À mentira, com verdade. Ao terror e à violência, responderemos com a Lei e suas mais duras consequências", emendou.
Lula afirmou ainda que, a partir de hoje, assinará medidas para organizar o funcionamento do Executivo. Ele voltou a dizer que se reunirá com governadores para discutir a retomada de obras e que reconstruirá o PAC e o Programa Minha Casa Minha Vida. O presidente também destacou que os bancos públicos, o BNDES e a Petrobras terão papel fundamental em seu mandato.
<b>Armas</b>
Lula reforçou que irá revogar os decretos editados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que ampliaram o acesso a armas e munições pela população brasileira. "Que tanta insegurança e tanto mal causaram às famílias brasileiras. O Brasil não quer mais armas, quer paz e segurança para seu povo", disse no discurso após tomar posse como 39º presidente da República.
Lula disse também que todos no País poderão exercer "livremente" sua religiosidade. "Sob a proteção de Deus, inauguro este mandato reafirmando que no Brasil a fé pode estar presente em todas as moradas, nos diversos templos, igrejas e cultos", afirmou.