O ex-ministro Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) aceitou convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e vai chefiar a divisão de assuntos estratégicos do escritório da Apex em Bruxelas, na Bélgica. Aloysio foi chanceler no governo de Michel Temer (MDB) e ministro da Justiça e da Secretaria-Geral da Presidência da República na gestão de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Na eleição de 2022, ele foi um dos primeiros tucanos históricos a declarar apoio a Lula na disputa contra Jair Bolsonaro (PL). Aloysio, o petista e o vic-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Geraldo Alckmin, se reuniram anteontem no Palácio do Planalto.
<b>REELEIÇÃO</b>
Até então, o ex-ministro estava na presidência da SP Negócios, vinculada à Prefeitura de São Paulo. Ontem, ao se despedir, disse que vai continuar apoiando a reeleição do prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB). Aloysio afirmou que vai votar em Nunes porque "nunca viu ele fazendo a pregação desmiolada dos bolsonaristas". "Defendo que o PSDB o apoie. O partido está em alguns dos principais cargos na administração", disse o tucano em entrevista à CNN Brasil.
Sobre o candidato apoiado por Lula em São Paulo, Aloysio disse que o deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) "é um rapaz valoroso e dá visibilidade à pauta da habitação popular".
<b>MDB</b>
Porém, o tucano recordou que o atual chefe do Executivo paulistano é do MDB, mesmo partido da ministra do Planejamento, Simone Tebet, e de outros dois ministros da gestão Lula: Renan Filho, titular dos Transportes, e Jader Filho, ministro das Cidades.
Aloysio é o segundo nome importante da política paulistana a deixar o governo de Nunes após investidas de Lula. A ex-prefeita Marta Suplicy, então secretária de Relações Internacionais, voltou aos quadros do PT após nove anos. Ela deverá ser candidata a vice na futura chapa encabeçada por Boulos na disputa à Prefeitura de São Paulo.
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</b> As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>