Política

Lula, o filhinho do papai Brasil


O que define um filhinho de papai? Geralmente, é um garoto mimado que cresce à sombra de pais, alheio às verdadeiras realidades do mundo. Via de regra, consegue tudo o que quer, mesmo que seja à base de chantagens emocionais. Dificilmente trabalha. Leva a vida com o claro objetivo de gastar sem se preocupar em buscar fontes de renda para sustentar seus caprichos. Afinal, seus progenitores fazem de tudo para que nada lhe falte. Dependendo do grau de riqueza, tem carro do ano, mora bem, come o que quiser na hora que bem entender e geralmente se entrega aos prazeres da vida. Em casos extremos, exagera na bebida e até usa drogas ilícitas.


Atualmente, o Brasil – ao ser considerado um paizão – tem um sujeito ilustre tratado como o filhinho querido. Esse cara é o Lula. Age como o todo-poderoso que não pode ser contrariado, já que ele sabe tudo e age como se o mundo só existisse após sua passagem pelo poder. Tudo de bom que ocorreu antes geralmente é escondido embaixo do tapete. Afinal, ele é o bonzão. Exagerando um pouco, se apresentará numa roda de amigos como o sujeito que aconselhou Darwin a definir sua teoria da evolução.


Mesmo sem exercer uma profissão, o ex-presidente segue vivendo como um milionário. Viaja para cima e para baixo de primeira classe ou em jatos particulares, patrocinado por empresários e pelo partido, a fim de defender sua perpetuação no poder. Como todo poderoso, o “professor de Deus” age como se ninguém pudesse detê-lo. Quando o Supremo Tribunal Federal foi contra suas orientações ao condenar os velhos companheiros de guerra, partiu para a birra.


Quando sente qualquer tipo de ameaça, sai atirando a esmo contra aqueles que tentam lhe falar algumas verdades. Afinal, em sua condição, não existe outra verdade que não seja aquela que propaga. Tanto é assim que mantém a atual presidente Dilma Rousseff, uma criatura sua, como uma mera coadjuvante no condução do país. Ai dela se tentar caminhar com as próprias pernas.


Sucatear a Petrobrás ao aparelhar a maior estatal brasileira empregando os petralhas de plantão e a utilizando para rentabilizar as campanhas pela perpetuação no poder foi uma das brincadeiras prediletas do inconseqüente filhinho do papai Brasil. Como ninguém ousa puxar suas orelhas, deixa esse brinquedinho de lado e parte para outro, “sem medo de ser feliz”. Desta forma, não poupou esforços para garantir aos filhos boas participações acionárias em empresas beneficiadas por grandes negociações financeiras que tiveram o aval do paizão.


E, como não pode deixar de ser, os prazeres da vida incluem ainda o direito de posicionar uma “amiga íntima” em posto de alto escalão, a fim de ter companhia certa, quando se afastava da primeira dama. Lamentavelmente, o gosto excessivo por bebida destilada e cigarros lhe causou uma séria doença. Mas, felizmente, graças a um atendimento médico de primeira linha, não acessível à grande maioria dos filhos de verdade do Brasil, ele se safou desse mal. Uma pena que – como bom filhinho de papai que é – não tenha aprendido com a adversidade. Curado, volta a adotar o comportamento anterior, passando por cima de tudo e de todos.


Mas tudo tem limites. Está chegando a hora do paizão Brasil dar um basta nessa farra. Talvez, se adquirisse o sadio hábito de trabalhar, para saber como é a verdadeira realidade de uma pessoa comum, que paga suas contas e consome só aquilo que cabe no próprio bolso, fosse um bom passo para o Lula começar a aprender a ser um cidadão de bem.


 * Carlos Roberto é deputado federal, presidente do PSDB Guarulhos e industrial


 

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