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Lula prega contra abstenção de votos e Bolsonaro defende liberdade em propaganda

Na penúltima rodada da propaganda eleitoral na televisão antes do segundo turno, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pregou contra a abstenção de votos, enquanto Jair Bolsonaro (PL) defendeu a liberdade.

<b>Lula</b>

O presidenciável petista investiu na retomada da bandeira do Brasil como símbolo nacional e fez um apelo contra a abstenção dos votos. Sob o verso Amanhã será um lindo dia, da canção "Amanhã", e pregando "democracia sem armas", o petista investiu no discurso de união religiosa e partidária.

Lula começou sua propaganda agradecendo a Deus "por chegar até aqui". "Não estou sozinho", disse, complementando com os apoios que acumulou durante a corrida presidencial. "Reunimos gente de vários partidos e gente sem nenhum partido, gente de centro, gente de esquerda e de direita", afirmou, voltando a citar o lema "o amor vencerá o ódio". Sobre as promessas de governo, Lula repetiu que irá reajustar o salário mínimo acima da inflação e gerar empregos.

O candidato também citou a questão religiosa, que nas últimas semanas virou tema de embate entre ele e Bolsonaro, que busca a reeleição. "Reunimos gente de todas as religiões." Na sequência, o programa mostrou uma imagem em que cumprimenta o Papa Francisco.

Ele finalizou pregando contra a abstenção eleitoral. "Não deixe de votar. Seu voto pode ser o que falta para mudar seu futuro e tornar realidade o Brasil dos nossos sonhos."

Após a fala, a propaganda seguiu sob trilha sonora da música "Amanhã", sucesso de Guilherme Arantes. Com imagens de crianças e trabalhadores tanto da cidade quanto do campo, a campanha do petista trouxe a fotografia de comícios feitos pelo ex-presidente e sua proximidade com a população, com abraços e mãos dadas.

Nos comícios, apareceu a figura da senadora Simone Tebet (MDB-MS), que ficou em terceiro lugar na disputa presidencial e decidiu fazer campanha para o petista no segundo turno, além de seu vice de chapa, Geraldo Alckmin (PSB), e do deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ).

A propaganda investiu na retomada de símbolos nacionais. Ao evidenciar em diversos momentos a Bandeira do Brasil, que é utilizada como símbolo de apoio à candidatura do atual presidente, a campanha do petista a apresentou ao lado da de Lula, normalmente vermelha e com a imagem do ex-presidente, além de pessoas vestindo a camisa da seleção brasileira com o número 13, seu número de urna, com o escrito "Lula". O vídeo apostou na reaproximação e pacificação dos brasileiros. A propaganda finalizou com Lula junto de crianças em uma escola, que fazem o "L" com as mãos.

<b>Bolsonaro</b>

Jair Bolsonaro, por sua vez, apostou no apoio dos cantores sertanejos, como Gusttavo Lima e Bruno e Marrone, e do jogador de futebol Neymar em sua penúltima rodada da propaganda eleitoral na televisão. Com o hino nacional e a bandeira do Brasil, símbolo adotado por sua candidatura desde 2018, Bolsonaro voltou a repetir o lema "Deus, pátria e família" e focou na defesa da liberdade. Até mesmo caminhoneiros, que mobilizaram diversas paralisações em seu mandato, foram citados como apoiadores do presidente.

Na sua fala, Bolsonaro pediu para que os brasileiros se vistam de verde e amarelo no domingo, a fim de mostrar união pelo mesmo propósito e ideal. O presidente lembrou que seu mandato ocorreu em meio à pandemia da covid-19 e a guerra entre Rússia e Ucrânia, afirmando que foram problemas que afetaram o mundo todo.

"Ao final desse primeiro mandato, arrumamos a conta do Brasil. No tocante à economia, fizemos o necessário", disse mencionando o auxílio emergencial concedido durante a pandemia, a redução do preço dos combustíveis e a concessão do Auxílio Brasil de R$ 600. "O Brasil está pronto para o futuro."

A propaganda também reforçou que Bolsonaro cometeu erros em declarações. A narradora afirmou que ele fala palavrão, mas pede desculpa. Sem citar o ex-presidente Lula nominalmente, a narradora diz que o outro lado é "ladrão" e não se desculpa. Por fim, afirma que o chefe do Executivo vai garantir o 13º salário para aposentados e a correção do salário mínimo.

Explorando o patriotismo de seu eleitorado, a inserção termina com uma apresentação do hino nacional com imagens de capitais do País e dos atos de 7 de setembro. "Verás que um filho não teu não foge à luta. Nos uniremos para lutar pela nossa Pátria. Liberdade acima de tudo. A esperança nos move. A fé nos une", conclui o presidente agradecendo os eleitores.

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